sexta-feira, 30 de abril de 2010

Exame de DNA pode salvar espécie de peixe da extinção em Pernambuco

30/04/2010 08h13

Os laudos da UFPE vão ter efeito de provas para incriminar os fraudadores que vendem carne de mero como de fosse de outro peixe.

Um gigante dos mares. Mas, apesar do tamanho, o mero é um peixe dócil, que se aproxima dos mergulhadores. Com tanta fragilidade, torna-se presa fácil para os predadores.

No passado, havia muitos meros nos arrecifes da costa nordestina. Mas a pesca predatória quase exterminou a espécie. Hoje é muito difícil encontrar um mero gigante no litoral. Apesar de haver leis específicas de proteção, esses peixes estão cada vez mais raros, na lista de animais criticamente ameaçados de extinção.

A ciência será grande aliada dos órgãos de fiscalização. O comércio ilegal da carne do mero vai sofrer um duro golpe. Normalmente, logo depois de pescado, o peixe é fatiado e vendido nos mercados como sendo de outra espécie. Cientistas da Universidade Federal de Pernambuco revelam que podem identificar a carne por exame de DNA.

“O executor da lei tem agora totais condições para saber de forma forense, se aquela suposta carne é ou não de mero", diz o professor da UFPE Rodrigo Torres.

Os laudos da Universidade Federal de Pernambuco vão ter efeito de provas para incriminar os fraudadores.

"Isso é um avanço muito importante, porque vamos poder chegar no ponto da comercialização e do transporte, as etapas que também são ilegais e que também não se tinha controle nenhum", destaca a bióloga Beatrice Padovani.

Com ajuda da ciência e da conscientização das comunidades, obedecendo à proibição da pesca e da comercialização do mero, esta espécie pode ser salva e voltar a se reproduzir em quantidade na costa do Nordeste.
http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2010/04/exame-de-dna-pode-salvar-especie-de-peixe-da-extincao-em-pernambuco.html

Mancha de petróleo chega à costa dos Estados Unidos

30/04/2010 02h47 -

Óleo alcançou ilha perto do delta do Rio Mississippi. Além da Louisiana, estão ameaçados Mississipi, Alabama e Flórida.

O vazamento de petróleo no Golfo do México atingiu a costa do estado americano da Louisiana, na noite desta quinta-feira (29). As agências de notícias France Presse e Associated Press informam, com base na apuração com autoridades locais, que a mancha de óleo alcançou uma ilha perto do delta do Rio Mississippi, ameaçando flora e fauna da região. A Guarda Costeira confirmou a informação à rede BBC.

Vários estados americanos estão em alerta por causa do vazamento de petróleo. Há temor de que praias e refúgios de vida selvagem sejam danificados em quatro estados. Além da Louisiana, que entrou em situação de emergência, estão ameaçados os estados do Mississipi, Alabama e Flórida.

Veja galeria de fotos dos estragos

Lontras, pelicanos e outros pássaros estão no caminho da mancha de petróleo, e o serviço de preteção ambiental do país tenta proteger as espécies ameaçadas.

http://g1.globo.com/mundo/noticia/2010/04/mancha-de-petroleo-atinge-costa-dos-eua.html

EUA declaram "catástrofe nacional" por vazamento de petróleo

21h45, 29 de abril de 2010

EFE



O governo dos Estados Unidos declarou nesta quinta o vazamento de petróleo no Golfo do México, frente a costa da Louisiana, uma "catástrofe nacional" no que ameaça ser um dos maiores desastres ecológicos da história do país.


A secretária de Segurança Nacional, Janet Napolitano, disse em entrevista coletiva que decretar o estado de "catástrofe nacional" permite ao Governo mobilizar mais recursos para fazer frente ao vazamento.


"Usaremos todos os ativos disponíveis" para enfrentar, disse a secretária, diante do prognóstico de que a mancha de petróleo poderá chegar às restingas da Louisiana na sexta-feira.


A alta funcionária disse que Bristish Petroleum (BP), proprietária da plataforma petrolífera que explodiu e afundou em 20 de abril, "é responsável pelos custos que envolvem as tarefas de limpeza" da mancha de óleo.


Os responsáveis pelo serviço da Guarda Costeira indicaram na entrevista coletiva, no entanto, que a multinacional britânica está pondo todos os meios para frear o desastre ecológico no Golfo do México.


"Estamos preparados para o pior dos cenários", disse na mesma entrevista Sally Brice O'Hare, contra-almirante da Guarda Costeira, quem insistiu que estão trabalhando contra o relógio para evitar que esta catástrofe "se transforme em outro Exxon Valdez", o petroleiro que derramou milhões de toneladas de petróleo no Alasca em 1989.


O porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, indicou que o presidente Barack Obama ordenou a mobilização de mais recursos para enfrentar "de maneira agressiva" o vazamento.


5 mil barris/dia

Um executivo da petroleira BP concordou nesta quinta-feira com as estimativas do governo americano quanto ao vazamento de petróleo que criou uma maré negra no Golfo do México, que pode ser de mais de 5 mil barris/dia (800 mil l), muito mais que o previsto.


Na véspera, a Guarda Costeira dos Estados Unidos afirmou que ao menos 5 mil barris de petróleo estão vazando diariamente no Golfo do México. "Descobriram um novo ponto de vazamento", assinalou o oficial Erik Swanson à AFP. Isto equivale a "5 mil barris diários".


Queima controlada

Equipes de emergência iniciaram na quarta-feira a queima controlada da gigantesca mancha de petróleo provocada pela explosão de uma plataforma no Golfo do México, diante da ameaça de o óleo chegar à costa da Louisiana.


"É incendiada com uma pequena boia que se desloca pela mancha e a inflama. A queima ocorre satisfatoriamente", disse o oficial da Guarda Costeira Cory Mendenhall sobre a operação para paliar os efeitos do vazamento provocado pelo afundamento da plataforma petroleira diante da costa americana, na quinta-feira passada.


A drástica decisão de atear fogo à maré negra foi adotada após a mancha chegar a cerca de 40 km dos pântanos de Louisiana, hábitat de diversas espécies.


Uma frota de barcos da Guarda Costeira e da companhia britânica de petróleo BP empurrava as partes mais densas da mancha para uma barreira flutuante resistente ao fogo.


"O plano é queimar, de forma restrita e controlada, milhares de galões de petróleo, e cada operação dever durar cerca de uma hora", explicaram as autoridades e a BP.


Previsão

A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) americana advertiu que os fortes ventos de sudeste previstos para os próximos dias poderão empurrar a maré negra para os pântanos da Louisiana.


A plataforma Deepwater Horizon, operada pela BP, afundou na quinta-feira passada 240 km a sudeste de Nova Orleans, dois dias depois de uma explosão que causou a morte de 11 trabalhadores.


A queima da mancha de petróleo para proteger a costa provocará seus próprios problemas ambientais, criando enormes nuvens de fumaça tóxica e deixando resíduos no mar.


Na terça-feira, fracassaram as tentativas de fechar dois focos de vazamento no oleoduto ligado à plataforma, realizadas por quatro submarinos robotizados a 1.500 m de profundidade.


Por outro lado, o governador da Louisiana, Bobby Jindal, solicitou ajuda federal de emergência para proteger a costa, levando em conta as informações segundo as quais parte da mancha chegará ao litoral do Estado antes do previsto, ameaçando o frágil ecossistema com uma catástrofe de grandes proporções.


Uma parte da camada de petróleo, que tem 965 km de circunferência, se separou do resto e poderá alcançar diretamente nesta quinta-feira uma reserva natural no litoral devido aos fontes ventos na zona, disse Jindal citando informes da NOAA.


"Nossa prioridade absoluta é proteger nossos cidadãos e ambiente. Esses meios pedidos são primordicais para atenuar o impacto da mare negra sobre nossas costas", afirmou.


Duas barreiras flutuantes foram instaladas para cobrir 20 milhas náuticas frente ao litoral da Louisiana numa tentativa de conter o petróleo. Mas, segundo o governador, são insuficientes e será preciso instalar outras mais.


Fonte: Terra

http://www.alagoasemdia.com.br/conteudo/Index.asp?secao=&vEditoria=Meio%20Ambiente&vCod=6634

Operação apreende madeira, motos serras e machados em Marechal Deodoro

18h47, 28 de abril de 2010
Pablo de Luca

Com a ajuda de um deodorense, através de um telefonema anônimo, o trabalho conjunto envolvendo a Secretaria do Meio Ambiente de Marechal Deodoro, a Polícia Ambiental e o Ibama, flagrou um crime ambiental na Mata Atlântica.

Quando as equipes chegaram ao local indicado pelo denunciante, foram recebidas à bala, mas ninguém ficou ferido e os infratores conseguiram fugir. A Operação Mata Atlântica apreendeu 23 metros cúbicos de madeiras, dentre elas Cedro e Pau Brasil, além quatro motos-serra e machados.

“Para se ter uma idéia eles chegaram a trocar tiros com a polícia, mas conseguiram escapar. Eu quero aproveitar a oportunidade para agradecer as pessoas que ligaram para o número 8878-1351 e fizeram a denúncia que possibilitou a apreensão da madeira que estava sendo roubada do pouco que resta da Mata Atlântica”, disse o secretário do Meio Ambiente, Erikson Melo.

O secretário destacou que há uma necessidade urgente da participação da comunidade nesse processo de proteção ao meio ambiente. “Para essa operação, que teve resultado positivo, nós contamos como apoio da Polícia Ambiental, do Ibama e da Guarda Municipal, órgãos que estão sendo nossos parceiros nessas ações em defesa da preservação ambiental.

“Com o apoio e estrutura que temos recebido do prefeito Cristiano Matheus, e com as parcerias com Guarda Municipal, Ibama, Polícia Ambiental e Instituto Salsa vamos conseguir reduzir o índice de crime contra a natureza, que pode ocorrer no desequilíbrio ambiental. A fiscalização será implacável e ao identificarmos os infratores informaremos ao IBAMA para que sejam adotadas medidas punitivas de acordo com a lei”, garantiu Erikson Melo.

Fonte: Ascom - Marechal Deodoro
http://www.alagoasemdia.com.br/conteudo/Index.asp?secao=&vEditoria=Meio%20Ambiente&vCod=6624

Lixão de Maceió é desativado e Aterro Sanitário inaugurado na próxima sexta-feira

17h20, 28 de abril de 2010

Secom Maceió



Depois de 40 anos funcionando precariamente e com a capacidade saturada, o lixão de Cruz das Almas será desativado nesta sexta-feira (30), quando a Prefeitura inaugura a primeira célula do aterro sanitário de Maceió. A obra será inaugurada às 10h30, pelo prefeito Cícero Almeida, dando início a uma nova fase no tratamento de resíduos sólidos no município.


O projeto prevê a construção de quatro células nos próximos 20 anos, cada uma com vida útil de 5 anos, numa sequência ininterrupta. Antes de se esgotar a capacidade de uma, a outra já estará sendo preparada para entrar em operação. No total, serão investidos R$ 300 milhões nas próximas duas décadas, com a obra avançando à medida que novas células forem sendo construídas.


O aterro sanitário foi projetado para receber 1.400 toneladas de lixo por dia. Esse total foi calculado com base no que é depositado hoje no lixão de Cruz das Almas. “A diferença é que agora o lixo terá um tratamento verdadeiro”, destaca o superintendente da Slum, Ernande Baracho.


Segundo o consultor ambiental Alder Flores, a expectativa é que o aterro sanitário funcione na região do Benedito Bentes pelos próximos 30 anos, num terreno de 140 hectares.


“O aterro já receberá todo tipo de lixo. Resíduos domiciliares, animais mortos, resíduos industriais, material de podação e restos da construção civil, cada um com locais específicos para o tratamento adequado”, explica Alder Flores.


Além das células para decomposição do lixo, o aterro sanitário também tem uma estrutura completa na parte de administração. No local, funcionará um centro administrativo para dar suporte aos funcionários que trabalham no aterro, além de um Centro de Educação Ambiental.


Também será ativada uma unidade de beneficiamento de entulho e uma estação para captação do gás produzido pelo lixo. O objetivo é reciclar ao máximo o lixo que será depositado no local, já que a reciclagem, além de reduzir o impacto ambiental, também ajuda a prolongar a vida útil das células.


“O tratamento do lixo será de tal forma que será possível até usar a água tratada para aguar parques e jardins da cidade”, revela o superintendente da Slum.


O consórcio de empresas responsável pela construção do aterro sanitário também fará a desativação do lixão de Cruz das Almas. O processo será feito de forma gradativa e obedece a uma das cláusulas do contrato firmado entre a Prefeitura e o consórcio.


Inserção Social

Paralela à operação do aterro sanitário, a Prefeitura também vem fazendo um trabalho social entre os catadores do lixão. Segundo Ernande Baracho, foram catalogados 326 catadores de lixo na região, que estão sendo orientados pela Prefeitura a buscarem outras fontes de renda.


“Estamos ministrando cursos para eles nas áreas de manicure, servente de pedreiro etc. Também há um projeto para que algumas dessas pessoas sejam contratadas como garis pelas empresas privadas ou, ainda, contratadas para trabalhar em obras executadas pelo município”, explica o superintendente da Slum.


Fonte: Secom Maceió

http://www.alagoasemdia.com.br/conteudo/Index.asp?secao=&vEditoria=Meio%20Ambiente&vCod=6618

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Como plantar Abacate

O abacateiro tem vida longa e oferece frutos saborosos – ricos em vitaminas, sais minerais e outras substâncias benéficas à saúde
Texto João Mathias* Consultor Tadeu Graciolli Guimarães*
Se dependesse da cor da casca, o abacate (Persea americana L.) jamais seria consumido. Algumas variedades da fruta conservam o tom verde em todas as etapas de seu cultivo até a venda no varejo. Outras possuem coloração arroxeada, que pode evoluir para o marrom. Para saber se está madura, a consistência da fruta deve estar menos firme, cedendo ao toque dos dedos. Quando aberta, revela uma polpa amarelo-esverdeada, macia, saborosa e muito apreciada no mercado.

Dotado de benefícios, o abacate é rico em vitaminas, minerais como ferro, cálcio e fósforo, fibras solúveis, fitoesteróis e lipídios (óleo). Monoinsaturados, os lipídios auxiliam na redução dos níveis do colesterol ruim e na elevação do colesterol bom. Entre as frutas frescas, o abacate é o mais rico em proteínas, podendo auxiliar em dietas que visem ao aumento da massa muscular.

Os brasileiros estão mais acostumados a consumir abacate in natura ou batido com leite, mas a fruta pode ser ingrediente de outras receitas culinárias. Em países como México, Peru, Venezuela e Espanha, o uso mais comum do abacate é em forma de saladas, acompanhando pratos salgados.

Com comprimento que varia de 15 a 20 centímetros e peso que atinge até 1,5 quilo, a fruta tem formato oval e possui caroço grande e liso. A árvore que dá origem ao abacate tem copa aberta, ramos bifurcados e altura que pode chegar a 20 metros, além de muita longevidade. Em plantas de pé--franco (mudas obtidas do plantio de sementes, sem enxertia), o florescimento e a frutificação iniciam-se em torno dos cinco anos de idade, enquanto que, em plantas enxertadas, a produção de frutos pode começar dois anos após o plantio.

O principal centro de origem do abacateiro localiza-se no México e na América Central, estendendo-se até Colômbia, Venezuela, Equador e Peru. Nos séculos XVI e XVII, a planta foi introduzida aqui, mais especificamente no estado do Rio de Janeiro. Fruteira de clima subtropical, adaptou- -se aos diferentes climas e solos existentes no país, o que justifica sua ampla distribuição pelo território. Plantios comerciais se destacam nos estados de São Paulo, onde está o maior volume de produção, e Minas Gerais.

RAIO X
SOLO: rico em matéria orgânica, adubado, permeável e profundo
CLIMA: subtropical ou tropical úmido, com temperaturas diurnas entre 18 e 25 graus célsius e noturnas entre 12 e 20 graus célsius
ÁREA MÍNIMA: duas plantas de tipos florais diferentes em quintais de residências ou até mesmo em vasos em coberturas de apartamento; no caso de uma planta, é importante assegurar a existência de outro tipo floral na vizinhança
COLHEITA: em plantas enxertadas e bem cuidadas, a produção de frutos começa dois anos após o plantio
CUSTO: O preço das mudas varia entre R$ 5 e R$ 20, de acordo com o porte da planta, a variedade, o mercado local e a distância do viveiro

MÃOS À OBRA
>>> INÍCIO adquira mudas de qualidade, de viveiros certificados. Escolha cultivares com processo de polinização diferente entre si, para que haja frutificação quando atingirem a idade adulta. Enquanto variedades como simmonds, fortuna, ouro-verde e wagner têm as flores abertas pela manhã, outras como pollock, quintal e linda abrem somente à tarde.
>>> PROPAGAÇÃO plante as sementes do porta-enxerto em sacos plásticos de 20 cm de diâmetro por 40 cm de altura, em substrato composto por duas partes de terra argilosa e uma de esterco a 5 centímetros de profundidade. Mantenha as plantas em ambiente arejado e com sombreamento moderado, com cerca de 50% de luminosidade. Quando o caule tiver um centímetro de espessura e altura de 10 a 15 centímetros do solo, faça a enxertia com os ramos de matrizes. Elimine o caule do porta-enxerto por meio de um corte em bisel (inclinado) e, no tecido exposto, una o ramo da planta matriz também cortado em bisel. Cubra com plástico para não perder umidade até começar a brotação, entre 30 e 40 dias.
>>> TRANSPLANTE deve ser feito no início da estação chuvosa, assim que a muda atingir de 40 a 50 centímetros de altura, o que leva entre 10 e 18 meses após a semeadura. Para cultivares de copa frondosa, recomenda-se espaçamento de 10 m x 10 m, enquanto para plantas que possuem copa menos vigorosa, ou que se pretende podar regularmente, de 6 m x 7 m.
>>> AMBIENTE a área de plantio deve contar com solo permeável, profundo e adubado, além de ser um local arejado e, ao mesmo tempo, com proteção contra rajadas de vento e ocorrências de geadas.
>>> CUIDADOS realize podas de limpeza da copa para aumentar o arejamento e evite irrigação em excesso. A irrigação é importante especialmente em períodos de elevadas temperaturas. Deve-se irrigar uma vez por semana. No inverno, pode ser suspensa por dois meses. Recomenda-se usar cobertura morta de palha ou capim seco em volta da planta, sem, no entanto, cobrir a base do tronco.
>>> POLINIZAÇÃO apesar de serem hermafroditas - flores masculinas e femininas na mesma inflorescência -, as variedades de abacate apresentam comportamentos distintos quanto ao período do dia no qual ocorre abertura das flores. Algumas cultivares abrem as flores femininas pela manhã e as masculinas à tarde, enquanto outras apresentam comportamento inverso. Assim, no pomar de abacateiro é preciso ter dois tipos da planta para garantir a fecundação das flores.
>>> PRODUÇÃO os abacates não amadurecem na árvore, por isso, quando algumas frutas começarem a cair, está na hora da colheita. No entanto, a colheita só ocorre a partir do terceiro ano de cultivo e dura de dois a três meses.

*Tadeu Graciolli Guimarães é engenheiro agrônomo, doutor em fitotecnia, pesquisador em fruticultura da Embrapa Cerrados, BR-020, km 18, C.P. 08223, Planaltina, DF, CEP 73310-970, tel. (61) 3388-9864, graciolli@cpac.embrapa.br
Onde comprar: secretarias de agricultura das prefeituras indicam viveiristas credenciados
Mais informações: IAC-APTA - Centro de Fruticultura do Instituto Agronômico, tel. (11) 4582-7284; e Portal Toda Fruta (www.todafruta.com.br), da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Unesp (Universidade Estadual Paulista), Jaboticabal, SP
http://revistagloborural.globo.com/GloboRural/0,6993,EEC1708321-4529,00.html

Lodo de esgoto é eficiente na fertilização de solos

Postado por Saneamento em 22 abril 2010 às 20:00
LILIAN MILENA

Estima-se que do volume de esgoto que as estações de tratamento recebem diariamente, 1% transforma-se em lodo durante o processo de recuperação da água. Esse resíduo tem alto valor como adubo orgânico, dada sua concentração de nutrientes (nitrogênio e fósforo) e micronutrientes essenciais (zinco, cobre, ferro, manganês, entre outros). O lodo também tem alta capacidade de retenção de água e de recuperação do solo, por sua composição orgânica.

Já existem estudos para aplicação direta em plantações de eucaliptos, para a indústria do papel. Entretanto, o lodo deve ter seu uso evitado em culturas alimentícias, pois também é rico em organismos patogênicos e compostos tóxicos ao organismo humano, como nitratos e metais pesados.

O engenheiro florestal Alexandre de Vicente Ferraz realizou análises do lodo produzido em três estações de tratamento da Região Metropolitana de São Paulo (Barueri, São Miguel e Parque Novo Mundo) e a aplicação desses resíduos como adubo em plantações de eucalipto.

A adubação de culturas com lodo elevou em 65% o volume da madeira em relação à plantação que não recebeu nenhuma aplicação de fertilizantes. A concentração de nutrientes nas folhas dos eucaliptos tratados, aos seis meses de idade, também foi mais elevada em relação à plantação que não recebeu nenhum tipo de tratamento.

O pesquisador destaca que, aos 42 meses, observou-se a tendência geral da redução de concentração de todos os nutrientes nas folhas, independente dos tratamentos, isso é, até mesmo quando houve aplicação de fertilizantes minerais e em relação ao grupo que não recebeu tratamento algum.

O Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) publicou as diretrizes que regulam o tratamento da água e do lodo em 29 de agosto de 2006. Nos últimos anos, a produção de lodo no país tem aumentando significativamente graças à construção de novas estações de tratamento e aumento do número de conexões na rede geral de esgoto.

Ainda assim, o total de esgoto coletado e tratado está longe do ideal. Segundo números levantados pelo Instituto Trata Brasil em parceria com a Fundação Getúlio Vargas, todos os dias 5,4 bilhões de litros de esgoto sem tratamento são jogados diretamente na natureza, contaminando solos, rios, praias e mananciais.

A pesquisa foi realizada nas 79 maiores cidades brasileiras, onde vivem um total de 70 milhões de pessoas responsáveis pela produção diária de 8,4 bilhões de litros desses resíduos – apenas 36% do esgoto gerado recebe algum tipo de tratamento, ou seja, próximo de 3,0 bilhões de litros.
Se 1% de cada volume tratado é lodo, todos os dias sobram 3,0 milhões de litros de lodo, resultantes dos 3,0 bilhões de litros de esgoto tratados nas grandes cidades, e que poderiam servir como adubo.

http://blogln.ning.com/profiles/blogs/lodo-de-esgoto-e-eficiente-na

Casca de banana descontamina água com metais pesados

Postado por Saneamento em 22 abril 2010 às 14:30
LILIAN MILENA

Química paulistana desenvolve método para descontaminação da água por urânio utilizando uma matéria simples e abundante no país: a casca de banana.

Milena Boniolo realizou o projeto no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN) como proposta de mestrado, o que acabou lhe rendendo, em 2007, o primeiro lugar no 22º Prêmio Jovem Cientista, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

O processo consiste em secar e triturar a casca da banana até que se torne um pó finíssimo e capaz de fazer ligações com o urânio. A água contaminada é misturada ao pó num tanque agitador – a ligação entre o material da casca e o urânio resulta num composto mais pesado que as moléculas da água que acabam se depositando no fundo do tanque.

Em testes laboratoriais, Boniolo conseguiu que 65% do urânio da água fosse retirado a cada 45 minutos no tanque agitador. Repetindo o processo é possível chegar a uma remoção próxima de 100%.

A ligação entre partículas da casca de banana e de urânio ocorre pelo fenômeno da atração entre cargas opostas. “Como as moléculas presentes nas cascas de banana tem carga negativa e os metais possuem carga positiva, ocorre uma ligação entre estas”, conta a cientista.

Ela ressalta que o processo é ideal para resíduos industriais. A descontaminação por urânio não deixa a água potável, ou seja, em condições para servir de consumo humano. Mas é capaz de atender aos níveis baixos de concentração de metais das águas descartadas pelas indústrias. O Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) exige às atividades poluidoras que tratem seus resíduos antes de lançá-los nos corpos hídricos ou na rede geral de esgotos.

Boniolo explica, ainda, que a biomassa pode fazer ligação com outros metais pesados como chumbo, mercúrio, cádmio e níquel, por exemplo. “A princípio você consegue atrair qualquer metal de carga positiva com o pó da casca de banana. Mas o percentual de remoção vai depender das propriedades físico-químicas de cada metal. Quanto maior for o elemento, menor o número total de ligações, e assim por diante”, completa.

A pesquisadora conta que já existem estudos com outras biomassas no Brasil, como cascas da laranja, do café e até com bagaço da cana. A Índia desenvolve trabalhos parecidos com a casca do arroz. A própria Boniolo participou de atividades com a fibra do côco, orientadas pela doutora Mitiko Yamura, antes do seu projeto de mestrado, mas que, segundo ela, tem operação mais complexa de processamento em relação ao que é conseguido a partir do resíduo da banana.

O composto final, isso é, o que resta da mistura do pó da banana com o urânio, pode ser separado para que o metal volte a ser reintroduzido à cadeia industrial. Existem dois processos para isso: no primeiro, o resíduo é disposto em um ambiente aberto para que, naturalmente, a banana se decomponha, restando apenas o urânio. Mas, se não houver área e tempo disponíveis para essa operação, é possível aplicar um ácido direto à mistura separando o metal para a indústria. O resíduo da banana, biodegradável, poderá ser depositado e decomposto num aterro.

Segundo Boniolo, não é difícil reunir material suficiente para produzir o pó de casca de banana a fim de conseguir aplicação em larga escala. Dentre suas propostas está o desenvolvimento de trabalhos no Vale do Ribeira. A região interiorana de São Paulo é grande produtora de banana e, com auxílio da mão de obra local, é possível montar oficinas de transformação da casca da fruta em pó. Outra ideia é trabalhar com os grandes produtores de resíduos alimentícios nas cidades, como as lojas de fast foods. “Estima-se que, diariamente, a grande São Paulo produza cerca de 4 toneladas de cascas de banana”, conta.

Hoje, Boniolo procura parcerias para que as pesquisas sejam realizadas em escalas condizentes às produções humanas. “Todos os nossos testes foram feitos em laboratório. E em química, quando você passa para uma escala maior, pode ser que as referências mudem”. A cientista completa que seriam necessários cerca de dois anos de estudos interdisciplinares para determinar a proporção correta entre a quantidade de pó de banana e o volume de água contaminada produzido nas industriais, dentre outras questões relevantes para a transferência da tecnologia estudada.

MATÉRIA RELACIONADA:
- Gás sulfeto inibe impacto de metais em rios

http://blogln.ning.com/profiles/blogs/casca-de-banana-descontamina

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Hoje é o dia da Caatinga

28/04/10 13:28

Cenário de histórias de cangaço, reino de Lampião e dos heróis sertanejos de Ariano Suassuna, terra de ritmos como o xote, o xaxado e o baião, a Caatinga está presente no imaginário popular brasileiro como um local seco, quente, inóspito e de vegetação esquisita. Poucos conhecem as riquezas ambientais da região que abriga 13 milhões de pessoas, está presente em 10 estados brasileiros e contém grande variedade de espécies e ambientes naturais.

O bioma que apresenta belezas sutis e histórias de resistência, tem pouco o que comemorar e corre o risco de se extinguir. Considerado como o único ioma exclusivamente brasileiro, a Caatinga só possui atualmente metade de sua cobertura vegetal original.

Em 2008, a vegetação remanescente da área era de apenas 53,62%. O monitoramento do desmatamento no bioma, realizado entre 2002 e 2008, revela que, neste período, o território devastado foi de 16.576 km2, o equivalente a 2% de toda a área. A taxa anual média de desmate na mesma época ficou em torno de 0,33% (2.763 km²).

O índice é considerado alto por especialistas e técnicos do MMA, pois a região figura como a mais vulnerável aos efeitos das mudanças climáticas, com forte tendência à desertificação. De acordo com os dados do monitoramento, a principal causa da destruição da Caatinga é a extração da mata nativa para ser convertida em lenha e carvão vegetal. O combustível é destinado principalmente aos pólos gesseiro e cerâmico do Nordeste e ao setor siderúrgico de Minas Gerais edo Espírito Santo.

A economia do carvão vem apresentando crescente demanda, fator que leva a níveis de desmatamento só comparáveis aos da Amazônia em seus momentos de pico, quando os programas de redução começaram a ser implementados.

Outros fatores apontados foram as áreas criadas para biocombustíveis e pecuária bovina. "Para reverter a situação é importantíssimo pensarmos em uma matriz energética diferente para a região, como energia eólica, gás natural e pequenas centrais hidrelétricas", explica o diretor do Departamento de Políticas de Combate ao Desmatamento do MMA (DPCD), Mauro Pires.

PPCaatinga
Para combater a crescente devastação na Caatinga, o DPCD atua em parceria com o Núcleo Caatinga da Secretaria de Biodiversidade e Florestas do MMA (SBF) e conta om apoio do Ministério do Planejamento na elaboração do Plano de Ação Interministerial para Prevenção e Controle do Desmatamento na Caatinga (PPCaatinga). A proposta pretende integrar e articular iniciativas dos diversos órgãos dos governos federal e estaduais para implementar ações como o combate e controle do desmatamento e o fomento a atividades sustentáveis.

O PPCaatinga está sendo elaborado ainda por equipes do ICMBio, Ibama, ministérios da Integração, do Desenvolvimento Agrário, de Minas e Energia, e órgãos como a Funai, Embrapa, Incra, e Sudene. Os próximos passos serão o estabelecimento de programas, políticas e de um plano operativo para conter ações, metas, recursos e prazos.

Mauro Pires defende a elaboração de um modelo próprio, adaptado à situação da Caatinga, que aproveite a experiência adquirida no Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia, responsável pela redução em 40% da média do desmatamento nos últimos 10 anos naquela região.

O padrão de desmatamento observado na Caatinga é pulverizado, o que dificulta as ações de combate à prática. Segundo Luciano Menezes, diretor de Proteção Ambiental do Ibama, o monitoramento tem sido fundamental para a elaboração de um plano de combate ao desmatamento e de mitigação de seus efeitos. Por determinação da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, o PPCaatinga deve sair do papel até o final deste semestre.

Entre as ações de mitigação previstas, estão incluídas a recuperação de solos e microbacias, o reflorestamento e as linhas de crédito para combate à desertificação. A tecnologia sustentável aliada aos conhecimentos tradicionais do sertanejo no trato com o bioma também podem ser fortes aliados no controle do desmate, de acordo com o diretor Mauro Pires.

Valorizar os produtos da sociobiodiversidade, criar mecanismos de financiamento de atividades sustentáveis e implementar o manejo dos recursos madeireiros e não madeireiros estão também entre as alternativas propostas.

O Ibama já planejou ações de combate ao desmatamento e ao carvão vegetal ilegal na região. A "Operação Corcel Negro", por exemplo, destinada ao combate de carvão ilegal na Caatinga e no Cerrado, foi a primeira grande ação neste sentido incluindo desde sua produção até o transporte. Para ser ter uma ideia, 20% das emergências ambientais do País ocorrem devido ao transporte irregular deste produto.

No ano passado, uma outra operação do Ibama resultou em multas e interdição de sete indústrias do pólo gesseiro de Pernambuco. Elas utilizavam madeiras nativas etraídas ilegalmente do bioma para a produção do gesso.

Desmatamento no bioma
Com uma área total de 826.411 km², a Caatinga ocupa cerca de 11% do País e está presente nos estados da Bahia, Ceará, Piauí, Pernambuco, Paraíba, Maranhão, Alagoas, Sergipe, Rio Grande do Norte e Minas Gerais. Os dois primeiros desmataram, sozinhos, a metade do índice registrado em todos os outros estados. Em terceiro e quarto lugar estão o Piauí e Pernambuco. O estado de Alagoas possui atualmente apenas 10.673 km² dos 13.000 km² da área original.

Os municípios que mais desmataram foram: Acopiara(CE),Tauá(CE), Bom Jesus da Lapa (BA), Campo Formoso(BA), Boa Viagem(CE), Tucano(BA), Mucugê(BA) e Serra Talhada(PE). Confira as taxas por estado e municípios nos links abaixo.

Ações de proteção
Estudos revelam que o Nordeste pode perder um terço de sua economia até o final do século com os efeitos do aquecimento global e da desertificação. Para amenizar o problema, o MMA tem buscado parcerias para a criação de fundos destinados à adaptação e à mitigação das mudanças climáticas, e ainda para o apoio à pesquisa.

Durante o I Encontro Nacional de Enfrentamento da Desertificação, realizado no último mês de marem Petrolina (PE) e Juazeiro (BA), o Banco do Nordeste apresentou a proposta de criação do Fundo Caatinga, com ações de proteção para o bioma e todas áreas suscetíveis à desertificação, como o semiárido. O fundo vai financiar propostas que garantam uma atuação mais efetiva no combate à desertificação - face mais cruel das mudanças climáticas , explicou o secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável, Egon Krakhecke. O Banco do Brasil também tem a intenção de implementar o Fundo Contra a Desertificação.

Em dezembro do ano passado, o presidente Lula sancionou o Fundo Nacional sobre Mudança do Clima, com base no lucro derivado da atividade do petróleo, que deve contar com recursos entre R$ 700 milhões a R$ 1 bilhão para o combate às mudanças climáticas.

O MMA defende que metade desse orçamento seja destinada ao Nordeste, para ser aplicada em programas de adaptação e redução de emissões. O fundo é o primeiro no mundo a utilizar recursos do lucro da atividade petroleira para ações de mitigação e adaptação às mudanças climáticas. A regulamentação do Fundo Clima será assinado no dia 5 de junho, durante as comemorações do Dia Mundial do Meio Ambiente.

Também está em fase de acordo com o governo do Piauí a criação da maior unidade de conservação da Caatinga, localizada entre as Serras Vermelha e da Confusão. A área terá cerca de 550 mil hectares e deve ser implementada ainda este ano. A criação de novas unidades de conservação é outro ponto indicado como fator importante para a proteção do bioma.

A secretária de Biodiversidade e Florestas do MMA, Maria Cecília Wey de Brito, explica que a Caatinga tem apenas 7% de áreas protegidas, somando-se áreas estaduais e federais, sendo que 2% são de proteção integral e os outros 5% são de unidades de conservação de uso sustentável. Ela também aponta a importância da Caatinga como habitat de espécies endêmicas (que só ocorrem em uma determinada região) em extinção, como a arara-azul-de Lear, além, de lagartos, anfíbios e pequenos roedores.

Em agosto, Fortaleza (CE) vai sediar a Conferência Internacional sobre Clima, Sustentabilidade e Desenvolvimento em Regiões Semiáridas (ICID 18). O evento será realizado pelo MMA em parceria com as Nações Unidas. Considerada a primeira preparatória para a reunião sobre meio ambiente - Rio 20 -, em 2012, a ICID 18 vai reunir representantes de mais de 50 países para discutir, de maneira sólida e consistente, políticas públicas para o combate à desertificação no mundo.

Metodologia
O monitoramento foi elaborado por 25 técnicos contratados pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD ) e por analistas ambientais do MMA e Ibama. Eles utilizaram como referência o mapa de cobertura vegetal do MMA/Probio (programa de levantamento da cobertura vegetal do Brasil que detectou as áreas de vegetação nativa e antropizadas até o ano de 2002), bem como imagens de satélite.

Foi ainda realizado um fórum técnico-científico para discutir os dados finais com especialistas em mapeamento da Caatinga. O detalhamento do mapa-base do Probio, em 2002, tinha uma escala de 1:250.000. Já o utilizado neste levantamento teve uma escala de 1:50.000. A precisão na identificação dos desmatamentos foi de 98,4%.

Até o final de 2010, o MMA pretende realizar o mapeamento e monitoramento dos cinco biomas brasileiros (cerrado, caatinga, pantanal, pampa e mata atlântica).

por Carine Corrêa / MMA
http://www.alagoasemtemporeal.com.br/?pag=meio_ambiente&cod=1325

28 Abril - Dia Nacional da Caatinga (video)

Aula de Biologia sobre o Bioma Caatinga em outubro/2009, publicada em http://www.youtube.com/watch?v=Hs3K6SE08ds

28 Abril - Dia Nacional da Caatinga

Texto enviado por Marcelo Ribeiro - Terça, 28 de Abril de 2010 12:09
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A CAATINGA PEDE SOCORRO
Marcelo Ribeiro

Neste dia 28 Abril comemora-se o Dia Nacional da Caatinga. A bem da verdade, deveria ser Dia Mundial da Caatinga, pelo fato de só existir este bioma no Brasil, embora muitos poucos brasileiros saibam disso. Este desconhecimento generalizado acerca da fantástica biodiversidade que a Caatinga, palavra que advém do tupi-guarani e que significa “Mata Branca”, possui, tem levado ao desaparecimento de inúmeras espécies animais e vegetais, abatidos pela caça impiedosa e o desmatamento descontrolado.

Não é novidade ser a Caatinga o ambiente que habita a parcela mais pobre da população brasileira, economistas apontam que o Produto Interno Bruto do semiárido nordestino corresponde em média a ¼ do PIB per capita da região Sudeste, dado que evidencia a premência de serem implantadas Políticas Públicas capazes de elevar a capacidade de geração de emprego e renda, em lugares em que o simples ato de saciar a própria sede depende das benesses do Poder Público.

O resultado é que a cada dia centenas de hectares de vegetação da caatinga são queimados nos fornos industriais de cerâmicas, olarias, fábricas de gesso, carvoarias, fogões domésticos, padarias, pizzarias etc, sendo que em Alagoas, segundo recentes levantamentos feitos pelo Instituto do Meio Ambiente, restam cerca de 15% da cobertura original, contadas áreas em estágio inicial de regeneração. Evidentemente, são números extremamente preocupantes, se for considerado fatores incidentes às áreas desflorestadas, especialmente o processo de desertificação e degradação de áreas agricultáveis. O fenômeno da desertificação é particularmente preocupante, pois dele advém, a perda da produtividade na agricultura, a miséria, o êxodo rural e a perpetuação deste ciclo perverso de pobreza e flagelo social.

Para proteger a nossa rica e pouquíssimo estudada Caatinga, faz-se mister um conjunto de ações articuladas e sinérgicas, envolvendo atores das esferas pública e privada. Não basta só a repressão ao desmatamento clandestino, que evidentemente deve ser coibido, mas de dar ao empresário que utiliza a lenha como insumo às suas atividades, alternativas concretas para evitar o desmate, como as chamadas florestas energéticas, constituídas de árvores adequadas para servir de matriz energética, a serem plantadas em áreas degradadas, respeitando as áreas de preservação permanente, reserva legal e outras limitações impostas pela legislação incidente.

Não há mais tempo a perder, a conscientização de todos, dos cientistas aos estudantes, das donas de casa aos governantes, enfim é preciso que, repisa-se, todos hajam em defesa deste bioma que assume o protagonismo de verdadeiro laboratório natural para se estudar e entender os efeitos das Mudanças Climáticas, que exigirão cada vez mais espécies capazes de sobreviver a elevadas temperaturas e submetidos periódicos estresses hídricos, justamente uma das principais características dos habitantes da nossa Caatinga brasileira.

Salve a Caatinga, único bioma genuinamente brasileiro!!

terça-feira, 27 de abril de 2010

Universidade mineira desenvolve pilhas a combustível capazes de fornecer energia até para cidades

27 / 04 / 2010
Por Danielle Jordan / Ambientebrasil

Pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais, UFMG, desenvolveram pilhas a combustível com capacidade de abastecer qualquer tipo de sistema.

De acordo com os pesquisadores que criaram a pilha de óxido sólido, PaCOS, Túlio Matencio, Rosana Zacarias Domingues e Rose Marie Belardi, a fonte de energia pode ser aplicada desde a aparelhos portáteis, até grandes indústrias e cidades. A energia gerada é limpa, silenciosa e apresenta rendimento maior do que outros modelos, baseados em combustíveis fósseis.

Este e outros projetos deram origem a uma empresa que está em fase de pré-incubação, com apoio do Laboratório de Materiais e Pilhas a Combustível, do Departamento de Química da Universidade.

A pilha é semelhante aos modelos já existentes, com um catodo, um anodo em eletrólito. O dispositivo, quando elevado a temperaturas de 600 a 850ºC, converte os combustíveis químicos eletroquimicamente. Os componentes são produzidos com materiais cerâmicos passando por fornos que atingem até 1700ºC.

O calor gera a reação química que produz a eletricidade, segundo o coordenador do projeto Túlio Matencio, e ainda pode ser reaproveitado.

Para obter o hidrogênio, um dos componentes necessários para que ocorram as reações químicas, pode-se usar o etanol, o que de acordo com os pesquisadores, é mais uma vantagem, por ser tratar de uma fonte renovável de grande produção no Brasil.

A intenção dos pesquisadores é desenvolver um produto que possa ser comercializado para utilização doméstica, com cerca de 500 watts.

*Com informações da UFMG.
http://noticias.ambientebrasil.com.br/exclusivas/2010/04/27/54175-exclusivo-universidade-mineira-desenvolve-pilhas-a-combustivel-capazes-de-fornecer-energia-ate-para-cidades.html

Vazamento nos EUA pode causar desastre ambiental

27 / 04 / 2010
Por clipping

O vazamento de cerca de mil barris de petróleo por dia no mar após a explosão de uma plataforma de petróleo nos Estados Unidos pode provocar um desastre ambiental, dizem as autoridades.

A mancha no mar já chega a 1.500 quilômetros quadrados na costa do Estado da Louisiana.

Onze funcionários da plataforma – que era operada pela BP – continuam desaparecidos e acredita-se que eles foram mortos no acidente. Mais de cem funcionários foram resgatados.

A plataforma Deepwater Horizon explodiu e afundou na semana passada, depois de ficar dois dias em chamas.

Segundo as autoridades locais, o vazamento de óleo – de quase 160 mil litros por dia – tem potencial para danificar praias, ilhotas e manguezais na costa da região.

(Fonte: UOL Notícias)
http://noticias.ambientebrasil.com.br/clipping/2010/04/27/54154-vazamento-nos-eua-pode-causar-desastre-ambiental.html

Brasil estuda aquifero três vezes maior que o Guarani

27 / 04 / 2010
Por clipping

Cada vez mais, o Brasil vem se apresentando como a grande potência ambiental da humanidade e um local onde a natureza não economizou em nada. O País é dono da maior biodiversidade do planeta, possui a maior floresta tropical do mundo, o maior rio em volume de água e dispõe também da maior quantidade de água doce. Somos donos de 11% de toda água doce disponível no mundo. E, para completar, temos ainda o Pantanal, considerado a maior planície de inundação.

Uma nova e recente descoberta vem ampliar ainda mais o poder brasileiro quando o assunto é disponibilidade de água. Trata-se do Aquífero Amazonas, um reservatório transfronteiriço de água subterrânea, que o Brasil divide com o Equador, Venezuela, Bolívia, Colômbia e Peru.

Sua extensão é de quase quatro milhões de quilômetros quadrados (3.950.000) sendo constituído pelas formações dos aquíferos Solimões, Içá e Alter do Chão. Com uma extensão três vezes maior que o aquífero Guarani, o Amazonas é uma conexão hidrogeológica, com grande potencialidade hídrica, mas ainda pouco conhecida.

Segundo dados da Gerência de Apoio ao Sistema de Água Subterrânea do Ministério do Meio Ambiente, a formação Alter do Chão participa no abastecimento das cidades brasileiras de Manaus, Belém, Santarém e da Ilha de Marajó. A utilização do Solimões é principalmente para o abastecimento doméstico, sendo fonte importante para a cidade de Rio Branco, no Acre. A formação Içá abastece a cidade de Caracaraí, no sul de Roraima.

Os estudos até agora realizados atestam que a qualidade química da água do Sistema Aquífero Amazonas é boa. Entretanto, vem correndo risco de contaminação devido ao fato de, em alguns locais, o nível da água ser raso e pelo alto potencial de contaminação provocada por poços mal construídos, ausência/inadequação de proteção sanitária e carência de saneamento básico.

Além do Amazonas e do Guarani, o Brasil possui inúmeros outros sistema transfronteiriços, todos eles com pouca ou, às vezes, nenhuma informação sobre eles. O mais estudado até o momento é o Aquífero Guarani com uma extensão de mais de um milhão de quilômetros quadrados, que o País divide com a Argentina, Paraguai e Uruguai.

No Brasil, o Guarani abrange os estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Seu volume acumulado de 33 mil quilômetros cúbicos de água é considerado de vital importância para o abastecimento, atividades econômicas e para o lazer.

Segundo informações da gerência de Apoio ao Sistema de Água Subterrânea, a grandeza do aquífero e, principalmente sua localização geográfica, faz do Guarani um importante manancial hídrico, constituindo-se em uma reserva estratégica para o abastecimento de populações e desenvolvimento socioeconômico da região onde está localizado.

Embora ainda carente de conhecimentos técnicos para sua correta gestão, atualmente mais de 500 cidades brasileiras são abastecidas, total ou parcialmente, pelas águas do Guarani, cujas águas são de excelente qualidade para o consumo doméstico, industrial e para irrigação, pois se mantêm em temperaturas superiores a 30 graus centígrados, podendo chegar até 68 graus, ideais para o desenvolvimento de balneários e até mesmo na agroindústria.

Para gerir toda essa riqueza natural, o Brasil criou e vem implementando o Plano Nacional de Recursos Hídricos, que define diretrizes para o uso racional da água e orienta políticas que tenham interação com a gestão de recursos hídricos. O objetivo é melhorar a oferta de água em quantidade e qualidade.

(Fonte: Suelene Gusmão/MMA)
http://noticias.ambientebrasil.com.br/clipping/2010/04/27/54185-brasil-estuda-aquifero-tres-vezes-maior-que-o-guarani.html

Ação de neutralização do carbono emitido pela Polícia Federal

26/04/10 15:38

Em conformidade com a política de Neutralização de Carbono do Departamento de Polícia Federal, a Superintendência Regional deste órgão no Estado de Alagoas realizará no dia 27 de abril de 2010, na Reserva Particular do Patrimônio Natural – RPPN Placas, localizada na Zona Rural s/nº, Paripueira-AL, às 10 horas, o segundo plantio de mudas de árvores de espécies nativas da Mata Atlântica.

Para a Superintendência de Alagoas, foi calculado o quantitativo de 515 mudas para a compensação de todos os gases emitidos no ano de 2008 pela unidade, porém será realizado o plantio de 600 mudas. Neste cálculo, foram computadas todas as formas de emissão envolvidas em cada atividade da unidade, desde os gases emitidos para a produção do papel utilizado na confecção de inquérito policial até o emitido pela queima de combustíveis pelas viaturas. Ano passado foi realizado o plantio de 600 mudas relativas às emissões do ano de 2007. Os cálculos relativos ao ano de 2009 ainda estão em fase de processamento.

O plantio das mudas será coordenado pela Delegacia de Meio Ambiente e Patrimônio Histórico da Polícia Federal em Alagoas em parceria com as ONGs Macambira – Associação de Proprietários de Reservas Privadas e IPMA – Instituto para Preservação da Mata Atlântica, em área cedida por uma Reserva Particular do Patrimônio Natural, no município de Paripueira/AL.

Participarão do evento servidores do órgão, autoridades convidadas, instituições ligadas ao Meio Ambiente e alunos de escola pública que além de plantarem parte das mudas receberão instruções de educação ambiental ministradas por técnicos das organizações parceiras.

A iniciativa pretende ser exemplo para que outras instituições e segmentos da sociedade também implementem ações para compensarem suas emissões de poluentes.

por Assessoria
http://www.alagoasemtemporeal.com.br/?pag=meio_ambiente&cod=1323

Cidade de Cajueiro, sofre impacto ambientel comportando pedreiras clandestinas

14h43, 26 de abril de 2010

Em Cajueiro, o Rio Paraíba tem contaminação da água, que ainda é afetado com a extração imprópria de areia e a exploração das rochas que formam seu leito. Esse cenário comporta clandestinamente a instalação de pedreiras que ficam à beira do rio, as grandes rochas que são extraídas são vendidas a R$ 1,00 cada e já tem destino certo, encomendadas por construtoras que fazem essa rota silenciosa de destruição ambiental.

Para Alex Gama, secretário de Recursos Hídricos de Alagoas, o problema já foi apurado, porém não existe verba suficiente para solucioná-lo. Casos como saneamento, lixo, drenagem e abastecimento do Estado ficam em aberto, abrigando poucos recursos de investimento, constata secretário.

Trabalhadores desemprecados fazem esse serviço ilegal para conseguir o sustento, mesmo sabendo que é um trabalho irregular, afirmam que, “não existe outra escolha”, e que existe consumo e uma grande procura.

A falta de fiscalização acaba sendo um grande aliado desse serviço que se forma pelo Vale do Rio Paraíba, segundo o chefe do 24º Distrito do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) em Alagoas, José Antônio Alves dos Santos, foi determinado uma fiscalização e prometeu embargar essas pedreiras irregulares.

Fonte: Rita Moura
http://www.alagoasemdia.com.br/conteudo/Index.asp?secao=&vEditoria=Meio%20Ambiente&vCod=6578

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Empresários pedem ajuda para construir shopping do lixão

24/04/2010 - 08:07

Executivos da Alians-ce e Multiplan estiveram em Maceió pedindo ajuda para conseguir licenciamento ambiental da obra no lixão
Carlos Roberts Especial para Jornal Extra

As empresas que planejam construir um shopping na área do lixão em Maceió, mandaram alguns emissários pedir apoio à Prefeitura para o licenciamento ambiental da obra. É que seus planos de construir o shopping do lixão a toque de caixa, está seriamente ameaçado depois da reação negativas à ideia, por parte de ambientalistas e órgãos como o IBAMA, Ministério Público Federal e Estadual.
O grupo que anunciou o shopping do lixão é a Aliansce Shoppings Center, que tem mais de 20 shoppings no Brasil e uma de suas acionárias é a americana General Growth Properties (GGP). Outra acionária da Aliansce é a Gávea Empreendimentos, do ex-Ministro Armínio Fraga. Já a Multiplan Empreendimentos tem capital de fundo de pensão canadense, a Ontário Teachers Pension Plan, através da sua subsidiária Cadillac Fairview.

A notícia de que as obras do shopping do lixão começariam já em julho, causou estra-nheza por parte de ambientalistas, profissionais da área e órgãos como o IBAMA. E até mesmo o Ministério Público Federal e Estadual, se pronunciaram contra qualquer anúncio precipitado. E desde já exigem o cumprimento das leis ambientais.
Na iminência de ver seus planos adiados por ter que cumprir tais exigências, a Aliansce e Multiplan, enviaram na quarta-feira uma tropa de choque de executivos para Maceió. Em reunião na Prefeitura de Maceió, os executivos pediram ao superintendente de Conrole do Convívio Urbano do município, Ivã Vilella, que lhes desse apoio para as questões de licenciamento ambiental. Vilella disse que atenderia o pedido.


Os executivos da Multiplan e Aliansce também estiveram reunidos com o secretário do Desenvolvimento Econômico, Luiz Otávio Gomes. Mais uma vez, pediram apoio para as liberações das licenças ambientais. O secretário garantiu que o Estado dará o apoio necessário.Tavez Luiz Otávio e Ivan Vilella não estivessem sabendo das reações contrárias ao shopping do lixão e os argumentos técnicos para que se cumpra as determinações legais.

http://www.extralagoas.com.br/noticia.kmf?noticia=9877049&canal=331

Construção de condomínio pode ter causado destruição da Prainha

24/04/2010 - 08:14

Fotos feitas por satélite revelam que mudanças no complexo Mundaú-Manguaba aconteceram após a construção de um condomínio de luxo
DA REDAÇÃO

A destruição da Prainha na Barra Nova pode ter sido causada pela construção do condomínio Laguna. O empreendimento de alto luxo foi construído em uma extensa área de mangue. As fotos captadas por meio de um programa gratuito de imagens de satélite revelam que em cerca de dois anos a boca da Barra Nova foi completamente redesenhada. Houve modificações até mesmo no curso das águas das lagoas Mundaú e Manguaba, que se tornaram mais violentas.Da RedaçãoApós construção do condomínio, região da Boca da Barra sofreu graves mudanças.
Uma fotografia datada de janeiro de 2005 mostra um certo equilíbrio no ecossistema da região. À época, dezenas de bares e restaurantes funcionavam na área conhecida como Prainha. Entretanto, outra fotografia data de agosto de 2007 revela uma total modificação naquele ecossistema. Foi justamente nesse espaço de tempo que o condomínio Laguna foi construído às margens da lagoa Mundaú.
Para um técnico do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) que preferiu não se identificar, há grandes possibilidades de que o desastre ambiental tenha sido causado pela construção do megaempreendimento imobiliário. "Não é que aquele ecossistema já não fosse frágil. Mas a destruição do mangue, com certeza, piorou a situação daquela região", explicou. Ele preferiu ocultar sua identidade por medo de represálias.

http://www.extralagoas.com.br/noticia.kmf?noticia=9877085&canal=331

Moradores de Coruripe criam movimento em defesa do estaleiro

Extra Alagoas - AL25/04/2010 - 09:36

Grupo afirma que só deixará de atuar quando o empreendimento estiver construído
Victor Avner - victoravner@yahoo.com.br

Um grupo de moradores e comerciantes de Coruripe criou um movimento para ajudar na implantação do Estaleiro EISA Alagoas S.A. Já denominado de Movimento Popular Pró Estaleiro (MPPE), a intenção dos membros do movimento organizado é fazer pressão nos órgãos governamentais para que a construção do estaleiro se concretize o mais rápido possível. "O movimento é pela urgente instalação do estaleiro EISA", afirmou Elvio Camelo, um dos coordenadores do MPPE.
Os coordenadores do movimento explicaram que estão entrando em contato com autoridades políticas de Alagoas para que o estaleiro seja voltado para o crescimento econômico de Coruripe e municípios circunvizinhos. "O movimento, na verdade, pretende mobilizar toda a região sul pela realização dessa obra. Isso irá mudar o perfil da população", explicou Camelo. Segundo o coordenador, o turismo e o comércio já estão se planejando para o crescimento da localidade.
Nem mesmo as recentes notícias de que o estaleiro será construído com o aval do Instituto do Meio Ambiente (IMA), em parceria com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) devem fazer com que o grupo popular interrompa suas atividades.
"O movimento só para quando lançarem a pedra fundamental. A luta tem que continuar até que o estaleiro esteja pronto", declarou Carlos Alberto, que também faz parte do MPPE.

http://www.extralagoas.com.br/noticia.kmf?noticia=9881118&canal=331

Oceanos mais ácidos

24/04/10 15:58

De acordo com o relatório do Conselho Nacional de Ciências dos Estados Unidos, a emissão de dióxido de carbono que é um fator contribuinte do aquecimento global, também prejudica os oceanos.

Os oceanos acabam absorvendo cerca de 30% de todo o dióxido emitido pela humanidade, ficando mais ácidos.

O aumento de acidez é de 0,1 ponto na escala de 14 pontos do pH, que mostra um número grande desde o início da revolução industrial. A mistura entre o dióxido e a água do mar forma um ácido carbônico. Com isso, há corrosão dos recifes de corais, interferência na capacidade de algumas espécies de peixes em se localizar e acabam prejudicando os frutos do mar como mariscos e ostras que ficam impedidos de produzir suas conchas.

por CONAPUB- Jornal do Ecoturismo
http://www.alagoasemtemporeal.com.br/?pag=meio_ambiente&cod=1321

Costa Cruzeiros: exemplo de respeito ao ambiente

24/04/10 13:56

Diante da denúncia de leitores do Jornal da Conapub que flagraram o despejo de lixo e esgoto pelo navio que ocupavam em recente cruzeiro pela Costa Verde fluminense, a Costa Cruzeiros se prontificou a expor sua conduta ecologicamente correta pelos mares que seus transatlânticos cruzam, ao redor do mundo.

A Costa Cruzeiro possui o Sistema de Gerenciamento Ambiental que segue padrões e regulamentações internacionais, com a preocupação de ir além do estabelecido quando se trata de preservar o meio.

Entre essas ações estão a triagem, em 100%, dos resíduos sólidos de bordo, para reciclagem; a proibição de lançamento ao mar de qualquer tipo de resíduo sólido que não de origem alimentar, reciclagem de milhares de metros cúbicos de alumínio e vidro; uso de água produzida a bordo por meio de aparelhos dessalinizadores; despejo de esgoto e água cinza apenas a distâncias superiores a 12 milhas da terra; respeito ao Plano de Lastreamento dos Recursos Hídricos – obrigatório no Brasil e nos EUA; aplicação de tintas ecológicas nos cascos de seus navios, campanhas permanentes junto aos hóspedes e tripulantes pelo uso racional de água e energia; reuso de água quente dos motores para aquecimento de cabines; controle automático de iluminação (com lâmpadas LED).
Essas iniciativas, que se submetem a convenções como a MARPOL – Convenção Internacional para a Prevenção da Poluição por Navios – e também aos mais rigorosos padrões de qualidade, como o UNI em isso 14001/2004. Não por acaso da empresa mereceu o reconhecimento público ao receber o selo “Green Star”, do RINA, ao fechar parceria com a WWF – ONG de maior evidência internacional na defesa ambiental; ou ainda ao ganhar o prêmio Green Planet da operadora turística Kuoni (filial Suíça).

Enfim, a Costa Cruzeiros se levanta, justamente e com argumentos incontestáveis, contra a eventual generalização das denúncias aos cruzeiros.Ainda há quem lute e pratique a arte de navegar em “águas claras”. E a esses empreendedores sustentáveis, a saudação e a gratidão dos turistas e dos cidadãos do mundo.

por CONAPUB-Jornal do Ecoturismo
http://www.alagoasemtemporeal.com.br/?pag=meio_ambiente&cod=1320

Galpão com lixo tóxico continua sem solução

23/04/10 18:14

Dezoito anos após a desativação da estatal Nuclemon em São Paulo, começou na semana passada a descontaminação de um terreno radioativo na Avenida Interlagos, zona sul. A área abrigava uma das usinas da empresa, cujas operações jogaram no solo areia com minerais pesados. O objetivo das Indústrias Nucleares do Brasil, substituta da Nuclemon, é limpar e liberar o terreno de 54 mil metros quadrados para "uso irrestrito".

"A classificação de uso irrestrito permite a instalação de qualquer tipo de atividade sem risco algum para a saúde", afirma o coordenador da unidade São Paulo da INB, Valter Mortagua. "E a INB, em princípio, não tem interesse em manter a área."

A descontaminação, no entanto, deixa de fora a parte mais sensível para ambientalistas: o armazenamento de 1.150 toneladas de rejeito radioativo das usinas Santo Amaro (Usan) e Interlagos (Usin) em um galpão instalado do terreno. "A segunda fase para remoção e transferência dos rejeitos ainda está em estudo. Ainda não temos prazo nem local definidos", diz Mortagua.

A areia com minerais pesados que recobre o terreno é proveniente da Usan, que tinha como matéria-prima areia monazítica extraída das praias do norte fluminense. Essa areia passava por um processo químico para obtenção de urânio e tório. O que sobrava dessa areia monazítica era lançado em Interlagos. O material manteve a concentração radioativa em pelo menos cinco pontos do terreno, mas em quantidade que não causaria danos a quem vive ali, segundo a INB. "Essa areia é similar à das praias de Guarapari, no Espírito Santo, e não causa risco à saúde", explica o coordenador.

Sem segurança. Já o diretor do Greenpeace André Amaral diz que não há níveis seguros de radiação. "Eles pegaram a areia monazítica que estava espalhada pelo litoral e concentraram. Ela teve contato maior com o elemento radioativo", afirma.

O físico Antônio Carlos de Freitas, do Laboratório de Radioecologia e Mudanças Globais (Laramg), da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, explica que a areia passou por processos para extrair seus componentes radioativos. "Se houvesse algum risco, a população de Guarapari estaria mais suscetível, porque lá a concentração de radiação é ainda maior. Nenhum estudo conseguiu demonstrar isso." Mas Freitas defende que a areia seja retirada de Interlagos. "Há concentração maior do que o normal de areia monazítica."

Vinte homens e dois técnicos de radioproteção (para monitorar os índices de radiação) trabalham desde a sexta-feira passada no terreno. Eles têm a ajuda de uma retroescavadeira, para retirar a areia e separá-la.

De um total de 380 metros cúbicos de terra, a estimativa inicial é que 80 metros cúbicos estejam contaminados. Essa areia será armazenada em tambores metálicos dentro do galpão de 2.200 metros quadrados, que existe no próprio terreno.

Após novos testes, os 300 metros cúbicos restantes serão encaminhados para aterro sanitário ou utilizados para recompor o terreno. O trabalho está previsto para levar um ano. Só então técnicos da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) farão a reclassificação da área.

PARA ENTENDER
A Nuclemon Mínero-Química era uma das empresas do programa nuclear brasileiro. Fechada em 1992, suas atividades foram absorvidas pelas Indústrias Nucleares do Brasil (INB). A Usina de Santo Amaro (Usan), uma das unidades da Nuclemon, foi desativada entre 1992 e 1996. A intenção era que os rejeitos da usina - um concentrado de urânio e tório - fossem levados para uma usina em Caldas (MG), no fim dos anos 90. Itamar Franco, então governador de Minas, proibiu o armazenamento de rejeitos radioativos de outros Estados em território mineiro. O material ficou na Usina de Interlagos (Usin), que guarda 1.154 toneladas de terra contaminada em 6.778 tambores. O terreno da Usan foi descontaminado, vendido e hoje abriga prédios.

por Estadão Online
http://www.alagoasemtemporeal.com.br/?pag=meio_ambiente&cod=1318

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Paripueira sai na frente e adere ao Projeto Orla

Município mobiliza toda comunidade para discutir seu projeto de ocupação e gerenciamento costeiro
DA REDAÇÃO

Durante o decurso da semana que passou, o município de Paripueira mobilizou representações de vários segmentos de sua população para construir o Projeto Orla, uma proposta nacional que visa dotar a faixa litorânea brasileira de um modelo sustentável, planejado e democrático de uso e ocupação da orla marítima. Paripueira, portanto, sai na frente como o primeiro município costeiro alagoano a aderir e iniciar a execução do projeto.
Conforme a metodologia do projeto, depois da solenidade de sua implantação oficial, feita através da fala do prefeito Abraão Moura, em solenidade realizada na noite de terça-feira 13, no auditório da prefeitura, os trabalhos prosseguiram até sexta-feira com um seminário de sensibilização e diagnóstico dos problemas, potenciais, conflitos, características e vocações da orla de Paripueira; um trabalho de campo para levantamento da situação atual do mar territorial e da faixa litorânea do município; uma oficina para a montagem de um primeiro modelo de gestão e uma visita de reconhecimento às piscinas naturais e ecossistemas protegidos de Paripueira.
Durante o seminário de sensibilização, além da fala do Secretário de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, Alex Gama, sobre a determinação do governo de Alagoas na construção dos instrumentos da gestão ambiental no Estado, houve abordagens do Superintendente do Patrimônio da União em Alagoas, José Roberto Pereira, sobre gestão participativa da faixa litorânea; do Superintendente de Meio Ambiente da SEMARH, Anivaldo Miranda, sobre políticas públicas de meio ambiente na zona costeira e do representante do Instituto do Meio Ambiente, Herbert, sobre caracterização e classificação da costa alagoana.
Com a participação de representantes dos pescadores, dos hoteleiros, donos de restaurantes, jangadeiros, apicultores em áreas de manguezal, de guias de turismo, comerciantes, juventude e outros setores da população, a primeira oficina do Projeto Orla em Paripueira dividiu a faixa litorânea do município em 4 secções, na quarta-feira, onde foram feitos levantamentos, diretamente nas praias, das ocupações irregulares, problemas de erosão marinha, pontos de poluição, situações de conflito, potencialidades para desenvolvimento de atividades turísticas,ecossistemas e outros detalhes de caracterização da área.
Na quinta-feira foi a vez das reuniões para construção dos primeiros cenários para uma ocupação e gestão sustentável, objetivando a elaboração de propostas que deverão, numa segunda oficina, ser submetidas à ampla representação da população e do poder público para a construção dos consensos necessários à apresentação de um modelo que conte com o apoio de todos os setores que interagem na orla marítima local.
Abrahão Moura:
projeto é o futuro de Paripueira"Será a primeira cidade do país a ter uma urbanização planejada de sua orla marítima"
O prefeito Abrahão Moura está apostando tudo no êxito do Projeto Orla, que segundo ele representa o futuro de Paripueira, um dos mais procurados balneários do litoral alagoano.
Emancipado há 20 anos, o município mantém sua área costeira praticamente em estado natural, o que facilitará a urbanização planejada de sua orla marítima.
Situada a 27 km da Capital, a cidade tem no turismo sua principal fonte de renda, o que leva o prefeito Abrahão Moura a acreditar no crescimento turístico de Paripueira a partir da implantação do Projeto Orla. "Já temos a beleza natural de nossas praias como atrativo maior, faltando apenas urbanizar a orla da cidade para consolidar sua vocação turística", disse o prefeito ao anunciar o plano de gestão costeira do município. Segundo Abrahão Moura, o Projeto Orla contemplará os interesses dos vários segmentos econômicos locais: "Dos pescadores aos barraqueiros, todos serão chamados a participar desse projeto, sem esquecer o interesse maior da população".
O prefeito pretende iniciar as obras de urbanização da orla a partir de 2011 e quer marcar sua administração entregando a cidade com infraestrutura moderna e serviços públicos de qualidade. "Antes, precisamos resolver os graves problemas de saneamento, educação, saúde e outros serviços básicos", prometeu o prefeito. Abrahão Moura herdou uma cidade à beira da falência, com todos os serviços públicos em colapso. Ele lembra que só em dezembro último foi possível tirar o município do CAUC - Cadastro Único de Convênios -, uma espécie de SPC da União, e se habilitar a receber novos recursos federais. "Das 13 exigências do CAUC, Paripueira estava inadimplente em 11 delas", disse o prefeito ao explicar as dificuldades enfrentadas no seu primeiro ano de governo.

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IMA atropelou trâmites legais para agilizar processo de licenciamento do Estaleiro EISA Alagoas S.A.

Pressa do governo trava construção do estaleiro
Victor Avner - victoravner@yahoo.com.br

O Estaleiro EISA Alagoas S.A. ainda não se tornou uma realidade para os alagoanos por causa de uma série de falhas cometidas durante o seu planejamento. Tentando realizar o mega empreendimento em tempo recorde, o governo estadual atropelou os trâmites legais e agora corre atrás do prejuízo. Como se não fosse o bastante, vazios na legislação ambiental dificultam ainda mais a concretização do que vem a ser o maior empreendimento no estado nos últimos 50 anos.
O primeiro erro do governo estadual aconteceu quando ignorou, sem qualquer explicação plausível, a legislação ambiental vigente. De acordo com a resolução número 237 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), o licenciamento ambiental de qualquer obra que tenha significativo impacto nacional ou regional é de competência do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Mas o Instituto do Meio Ambiente (IMA) passou por cima da competência do Ibama e deu início ao processo de licenciamento da obra.
A construção do estaleiro de Alagoas irá destruir quase 100 hectares de mangue no Pontal de Coruripe. Isso equivale a mais de oito vezes o tamanho do maior shopping de Alagoas, o Shopping Pátio Maceió, incluindo o seu estacionamento. Além disso, na região costeira há também a presença de baleias jubarte. Qualquer alteração naquele ambiente pode por em risco o já frágil equilíbrio ambiental.
Os problemas continuaram quando o Ministério Público Federal (MPF) publicou no começo do ano uma recomendação para que a licença ambiental para o Estaleiro EISA Alagoas S.A. fosse emitida pelo Ibama e não pelo IMA, em conformidade com a lei. Entretanto, o IMA não apenas ignorou mais uma vez a legislação ambiental como também escondeu que havia continuado com o processo de licenciamento.
Um ofício emitido pelo órgão estadual encaminhado ao Ibama no dia 2 de fevereiro deste ano afirmava que não existia qualquer processo para licenciamento ambiental nos arquivos do órgão estadual. Entretanto, no dia 19 do mesmo mês foi publicado no Diário Oficial de Alagoas um edital de convocação do IMA para audiência pública em Coruripe, com a finalidade de apresentar para população local o projeto de instalação do estaleiro EISA Alagoas.
Acontece que ao convocar a audiência pública o IMA já possuía em seu poder um documento conhecido como EIA/RIMA, que são estudos e relatórios do impacto ambiental de grandes obras. Esse estudo é encomendado pelo empreendedor, mas deve seguir orientações do órgão público responsável por emitir o licenciamento ambiental. Para a construção do Estaleiro EISA Alagoas S.A., o IMA emitiu esse termo de referência, mas negou ao Ibama que havia aberto qualquer processo de licenciamento. “Em outubro o IMA deu o termo de referência [para o empresário], mas em fevereiro nos disse que não tinha nada”, afirma Sandra Menezes, superintendente do Ibama em Alagoas. O órgão ambiental estadual ainda deveria possuir uma série de outros documentos acerca do licenciamento da obra que foram omitidos não só ao Ibama, como também ao MPF.
A irresponsável insistência em obter o licenciamento ambiental para a construção do estaleiro por meio do IMA acabou por atrasar um processo que poderia ocorrer de forma mais acelerada.
LEGISLAÇÃO FALHA -
Mas os erros não foram cometidos apenas pelo governo estadual. A legislação que rege os processos de licenciamento ambiental também é falha. A resolução Conama número 237 também diz que o Ibama só tem competência para emitir licenças ambientais quando, entre outros casos, se trata de um empreendimento que tenha influência no mar territorial. Contudo, não há uma definição do que seria mar territorial. A falta de definição do que seria mar territorial é um dos fatores que está ajudando a manter o impasse do licenciamento.
Para o governo estadual e os técnico do IMA, a construção do estaleiro, por ser em terra firme, não afeta o mar territorial. Já para o Ibama, o empreendimento afeta diretamente o mar territorial, uma vez que terá contato com as águas do mar. “Até o conceito de mar territorial eles querem mudar. Molhou o pé, já é mar territorial”, afirma Antônio Carvalho, chefe da divisão de proteção ambiental do Ibama.
Outro problema é o fato de que em Pernambuco os estaleiros são licenciados pelo órgão ambiental estadual e não pelo Ibama. “Por que em Alagoas deve ser diferente?”, questionou o procurador-geral de Alagoas, Mário Jorge Uchôa. Em um parecer emitido recentemente, ele afirma que o IMA deve emitir o licenciamento para o estaleiro.
Para o Ibama, em Alagoas a situação é diferente. “Em Pernambuco é uma construção dentro de um sistema portuário, além de que o [estaleiro] daqui é o maior da América Latina. [...] E lá começou com um processo de licenciamento correto, aqui não”, explicou Menezes.
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20/04/2010, 08:55

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Brasil tem 300 casos graves de problemas ambientais

22/04/10 08:48

O Brasil tem pelo menos 300 casos graves de problemas ambientais e o Estado de São Paulo concentra 30 deles. É o que mostra levantamento feito pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e pela Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional (Fase), que será apresentado na Assembleia Legislativa de São Paulo na próxima semana.

O trabalho, chamado de Mapa da Injustiça Ambiental e de Saúde no Brasil, está disponível para consulta na internet.
Ele aborda casos como os de contaminação na Vila Carioca e em Jurubatuba, na capital paulista, e situações do interior e do litoral. Marcelo Firpo, coordenador do projeto e pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), diz que "é em São Paulo onde aparecem mais conflitos".

– É o Estado mais populoso e mais industrial, além de ter o passivo ambiental mais conhecido, com entidades ambientais atuantes.

Segundo Firpo, o objetivo do mapa é "dar maior visibilidade às lutas por melhor qualidade de vida e por um ambiente mais saudável". Ele admite que o universo levantado num período de um ano e meio de trabalho não esgota as inúmeras situações de contaminação existentes no país.
– Mas reflete uma parcela importante de casos.

por Agência Estado
http://www.alagoasemtemporeal.com.br/?pag=meio_ambiente&cod=1317

Isopor pode deixar de ser um resíduo problemático

Com tecnologia e articulação, a reciclagem do isopor está se tornando um negócio lucrativo para catadores e indústria.

Matéria prima muito usada em embalagens, o poliestireno expandido, ou o isopor, é considerado um resíduo problemático. Depois de usado, ele costuma ser descartado como lixo em todo o Brasil. Mas, com tecnologia, a reciclagem do isopor está se tornando um negócio lucrativo.

Em Joinville, SC, uma fábrica recicla 10% do isopor produzido no Brasil, em associação com cooperativas de catadores. Uma das opções de destino do isopor é a produção de molduras e acabamentos para a construção civil, promovida por uma empresa catarinense. E a tecnologia amplia os horizontes. No Rio de Janeiro, pesquisadores da UFRJ desenvolveram um processo que transforma o isopor, novamente, em matéria-prima para a indústria.

No site da Santa Luzia Molduras você encontra informações sobre os acabamentos feitos com isopor reciclado.

Clique aqui para conhecer a dissertação de mestrado de Caio Kawaoka Melo: "Reciclagem de materiais poliméricos por incorporação in situ na polimerização em suspensão do estireno".
Assista ao video no portal:

Carta da Terra_Campanha 2010

A Carta da Terra lançou no dia 22 de Abril de 2009 a sua primeira campanha de comunicação no Brasil em suporte ao Dia Mundial da Terra.
A campanha está ancorada em um filme de 60 segundos que será veiculado pelas principais emissoras de televisão por assinatura do pais. O objetivo da campanha e motivar as pessoas a conhecer a declaração de princípios éticos A Carta da Terra, compreender os seus conceitos e aplica-los com uma orientação para as suas atividades diárias.
O comercial e uma animação produzida a partir de desenhos feitos por crianças da Casa do Zezinho, entidade social que visa promover a cultura e educação entre crianças carentes na cidade de São Paulo.

Plano de Ação Estadual de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca em Alagoas

Texto enviado por Marcelo Ribeiro - Sábado, 17 de Abril de 2010 15:16

Segue anexo um pequeno texto que sintetiza alguns dos objetivos principais que alicerçam a construção do Plano de Ação Estadual de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca em Alagoas, se for possivel publicá-lo no blog, seria legal.
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A desertificação é um processo de degradação ambiental em regiões áridas, semiáridas e sub-úmidas secas, provocada pelas variações climáticas e pela má utilização do solo, da água e da vegetação.

A desertificação incide sobre 30% das terras do nosso planeta, onde vivem 1 bilhão de pessoas.

No Brasil, cerca de 50 % do semiárido encontra-se em situação “grave” e “muito grave”, o que corresponde a uma área de aproximadamente 300.000 Km², onde vivem quase 12 milhões de pessoas. No Estado de Alagoas, a situação não é diferente, sendo que 54 municípios localizados no semiárido, no sub-úmido seco e no entorno dessas regiões, estão susceptíveis e algumas áreas em processo de desertificação.

Consequência de um modelo de desenvolvimento que privilegia a produtividade das atividades econômicas em detrimento da capacidade produtiva dos ambientes, a desertificação deve ser combatida com a perspectiva de promover mudanças em direção a um paradigma de desenvolvimento alicerçado em bases sustentáveis.

Significa, ainda, adequar Políticas Públicas às condições das Áreas Susceptíveis à Desertificação – ASD’s, criando sinergias entre atores interinstitucionais, sociedade civil, setor produtivo e os tomadores de decisão da esfera pública.

Este é o desafio que o Plano de Ação Estadual de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca – PAE, se propõe a enfrentar, criando mecanismos que permitam o manejo da caatinga, o incremento das atividades produtivas, com aumento da renda e melhoria das condições de vida da população sertaneja, preservando a biodiversidade para o desfrute das futuras gerações.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Construção de novo shopping na área do Lixão-Maceió causa espanto ao MPF-AL

13/04/2010 19:18

Grupo diz que obras já começam em julho

As empresas Multiplan Empreendimentos Imobiliários e Aliansce Shopping Centers S.A acabam de anunciar que até julho irão começar a construir um shopping na área onde hoje funciona o lixão de Maceió.
A notícia amplamente divulgada na imprensa já provoca reação por parte de ambientalistas e a procuradora federal, Niédja Káspari, do Ministério Público Federal, que se disse atenta ao desenrolar da questão.
O grupo que anunciou o shopping do lixão é forte, com muito dinheiro. A Aliansce tem mais de 20 shoppings no Brasil e sua principal acionária é a americana General Growth Properties (GGP). Já a Multiplan tem capital de fundo de pensão canadense, a Ontário Teachers Pension Plan, através da sua subsidiária Cadillac Fairview.
O grupo chegou a publicar nos jornais uma foto do terreno onde pretendem construir o empreendimento, praticamente anexo à montanha de lixo do atual depósito de resíduos de Maceió. As atividades do lixão deverão ser encerradas nos próximos dias, graças a uma ação do Ministério Público Federal, através da procuradora Niédja Káspari.
Para encerrar as atividades do lixão naquele local, a promotora fez valer uma lei federal que considera área de segurança aeronáutica todo perímetro nas imediações do aeroporto, num raio de 15 quilômetros em qualquer direção.
A aglomeração de urubus nas imediações traz risco à aviação, motivo pelo qual a Prefeitura de Maceió foi obrigada a destinar outro local para depositar o lixo da cidade.
A procuradora disse que a notícia da construção do shopping do lixão a surpreendeu. “Fiquei sabendo agora há pouco. Vocês me trouxeram este assunto.”, disse Niédja à nossa reportagem.
Ela lembra que para cumprir as várias exigências ambientais para se construir um empreendimento deste porte são necessários estudos de impacto ambiental, de impacto de vizinhança e de solo.
Ao ser questionada se todos esses estudos podem ser efetuados num tempo recorde, afim de que as obras comecem em julho, ela respondeu: “Acredito que não. Isso deve demorar meses e até um ano, dentro da rigorosidade desses estudos”.
Mostrando bastante cautela ao lidar com o assunto, a procuradora revelou que minutos antes de atender a nossa reportagem, cuja pauta havia sido adiantada para sua assessoria, ela deu um telefonema à Ernani Baracho, da Superintendência de Limpeza Urbana (Slum) do município de Maceió.
Niédja pediu informações sobre a possível tramitação de uma licença ambiental para a área do lixão ou imediações. Ela disse, também, que iria buscar mais informações e ficará atenta a qualquer situação que eventualmente exija intervenção do Ministério Público Federal.
MONTANHA DE LIXO É BOMBA RELÓGIO
O engenheiro ambiental Alder Flores também mostra preocupação com a notícia da instalação do shopping na área do lixão. Ele considera que os estudos a que a procuradora Niédja se refere têm que ser feitos com o tempo de pesquisa necessário – que não é pouco – e com os laudos exclusivamente técnicos, livre de qualquer tipo de pressão política ou financeira.
Alder Flores é o autor do estudo de impacto ambiental do atual lixão de Maceió. Em seu levantamento, ele mostra que no local são depositados resíduos industriais, hospitalares, todo tipo de lixo domiciliar e lixo público. O relatório dele também considera que como a área recebe resíduos sólidos de várias partes do município, sem acompanhamento detalhado, também pode estar estocando material radioativo.“Se é difícil imaginar a construção de um shopping expondo seus visitantes as moscas e roedores vindos da montanha de lixo vizinha, quem sabe seja mais fácil imaginar que o sub-solo pode estar contaminado com a água podre da decomposição do lixo. Este líquido, também chamado de xurume, penetra na terra até atingir o lençol freático, e alcançar os poços da vizinhança. Daí a necessidade do estudo do solo” explicou.
Mas isto não é tão rápido quando se anuncia nas reportagens que a Multiplan e Aliansce publicaram na imprensa, adiantando inclusive que já vão começar as vendas dos espaços logísticos.
Assim como os estudos de impacto ambiental e de vizinhança. Detalhar o que pode estar contaminado debaixo da terra, e todos seus riscos de abrangência, exige a contratação de profissionais como geólogos e consome até anos de pesquisa.
Ainda segundo o relatório do engenheiro Alder Flores, o que acontece atualmente é que com a água da chuva o xurume escorre também pela drenagem natural até as águas do Riacho das águas do Ferro, e que acaba desaguando na praia de Cruz das Almas, há mais de dois quilômetros de distância.
O estudo do engenheiro Alder Flores coloca o lixão de Maceió em situação de risco semelhante à que todo país tem assistido sobre o que aconteceu em Niterói, no morro do Bumba, no do Rio de Janeiro.
Em um trecho de seu relatório, o engenheiro revela que “durante o inverno ocorrem dificuldades operacionais, e os resíduos permanecem a céu aberto sem nenhum recobrimento com terra. Devido à insuficiente compactação dos resíduos, em épocas de chuva, é comum o desmoronamento de parte dos taludes.
Além do desmoronamento, o gás metano, altamente inflamável e produzido durante o processo de decomposição do lixo, também é uma preocupação a se considerar.
Pois segundo reportagem publicada pelo jornal O Estado de São Paulo (www.estadao.com.br/cidades), no último dia 7 de abril, a Secretaria de Meio Ambiente de Niterói revelou que foi a explosão do gás metano que causou o deslizamento e as mortes no Morro do Bumba.
Nós tentamos contato com as empresas Multiplan e Aliansce, através de suas assessorias de imprensa. Mas não obtivemos resposta.
http://www.cadaminuto.com.br/index.php/noticia/2010/04/13/anuncio-da-construcao-de-novo-shopping-na-area-do-lixao-causa-espanto-ao-mpf