quarta-feira, 14 de julho de 2010

Estados e municípios têm 2 anos para implantar políticas de resíduos

Jul 14, 2010 12:08 AM

Os estados e municípios brasileiros têm um prazo de 2 anos para implantar suas políticas de gestão de resíduos, sem o que ficarão fora da fatia de recursos da União destinados aos projetos, empreendimentos e serviços relacionados à gestão de lixo. Isso é o que determina a lei que cria a Política Nacional de Resíduos Sólidos, aprovada no Senado na semana passada e que agora aguarda a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Ao ser aprovada, a lei manda que a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios instituam normas específicas para conceder incentivos fiscais ou financeiros para indústrias e entidades dedicadas à reciclagem, à responsabilidade pelo ciclo de vida dos produtos e às empresas dedicadas à limpeza urbana.

O projeto de lei prevê que, na concessão de incentivos financeiros destinados à ações relacionadas ao gerenciamento de resíduos, as entidades de crédito sigam critérios diferenciados.

Com as novas normas, os planos deverão ser elaborados observando um prazo de 20 anos e que sejam revisados a cada quatro anos. O texto também diz que a regulamentação do Plano Nacional de Resíduos Sólidos seja realizada com participação da sociedade, por meio de audiências e consultas públicas.

A prevenção e redução da geração de resíduos sólidos no processo produtivo, o desenvolvimento de produtos com menores impactos à saúde humana e à qualidade ambiental em seu ciclo de vida, a implantação de infraestrutura física e aquisição de equipamentos para cooperativas e a estruturação de sistemas de coleta seletiva e de logística reversa poderão ter linhas de financiamento, instituídas pelo poder público.

A situação atual dos resíduos sólidos, as tendências internacionais e macroeconômicas, as metas de redução, reutilização e reciclagem, bem como de aproveitamento energético dos gases gerados nas unidades de disposição final e as metas para a eliminação e recuperação de lixões devem estar contemplados nos planos nacional, estaduais e municipais de gerenciamento de resíduos.
QUEIMA ENERGÉTICA DE RESÍDUOS
O texto da Política Nacional de Resíduos Sólidos estabelece prazos para o início da obtenção de energia a partir da queima de resíduos e para a elaboração de planos federal, estaduais e municipais de gerenciamento de resíduos, que podem ser instrumentos determinantes para que as entidades federativas consigam financiamentos para a gestão de resíduos.
De acordo com o documento, a incineração dos resíduos sólidos para a geração de energia deverá ser implantada em até quatro anos após publicação da lei, período curto se levarmos em conta a necessidade de construção de toda a infra-estrutura necessária para o início das atividades e o fortalecimento das iniciativas de coleta seletiva e de reciclagem, já que os materiais deverão passar por uma triagem e apenas o material final ser incinerado.

Aumenta volume de lixo na lagoa, rios e praias após enchentes

12/07/10 09:14
Kelly Baêta

A grande quantidade de chuvas que cai desde o mês de junho vem causando sérios prejuízos ao meio ambiente. As praias e rios estão tomados pelo grande volume de lixo que foi trazido pelas águas que inundaram os municípios alagoanos. E a região que mais sentiu esse reflexo foi a orla lagunar, que teve os canais transbordados em decorrência do acumulo de detritos.

Segundo o titular da Superintendência de Limpeza Urbana de Maceió (Slum), Enande Baracho, o volume de lixo nas áreas lagunar e praieira aumentaram consideravelmente após as enchentes. “Com a catástrofe que aconteceu, a correnteza arrastou muita sujeira para os rios e praias de Maceió. Se observarmos o Dique Estrada e a Praia da Avenida, logo veremos uma grande quantidade acumulada. Não é comum essa cena. Isso foi conseqüência das fortes chuvas que caíram na cidade”, alega, acrescentando que na margem da lagoa Mundaú, (próximo ao Papodrómo) é possível avistar uma aglomeração maior de detritos que vai exigir da Slum um mutirão. “Esse trabalho se estenderá até as proximidades da Praça do Pirulito”, anunciou o superintendente.

Para conter esse acumulo e normalizar a situação, a Slum vem intensificando ações nas áreas mais críticas da cidade. “Elegemos um bairro que recebeu visita há cerca de dois a três meses, sempre observando para manter aquela mesma tradição de limpeza, que vem fazendo ao longo da gestão”, lembra Ernande, chamando a atenção também para a obrigação de cada morador de manter limpo o espaço que ocupa e seu entorno.

Novo Aterro
O novo aterro sanitário recebe em média cerca de 1.400 toneladas de lixo por dia. “A média é basicamente a mesma de antes. Isso quer dizer que embora tenha aumentado a população, a quantidade de lixo continua a mesma”, ressalta Ernande.

Coleta seletiva
A coleta seletiva em Maceió representa apenas cerca de 2%. A expectativa, segundo Ernande, é que até o final do ano seja alcançada a marca de 7% a 10%. Embora não seja ao modo que a Slum quer, pode-se dizer que hoje existe uma coleta de lixo natural. A superintendência vem trabalhando para implantar a coleta seletiva na cidade.

Em breve estará disponível para a população o disque coleta (as pessoas poderão fazer sua coleta em casa, e em seguida liga para a cooperativa para pegar na residência). É importante lembrar que para fazer esse serviço é preciso se cadastrar. “Estamos aguardando apenas algumas solicitações, e assim que estiver tudo pronto estaremos divulgando para a comunidade. Sabemos que esse é um trabalho educacional muito difícil, mas, é preciso mudá-lo. As pessoas têm que procurar se educar para gerar menos lixo. Estamos gerando muito lixo desnecessário”, assegura Ernande.

Atraso na coleta
Uma parte da população maceioense tem observado nos últimos dias irregularidade de horários da passagem dos caminhões coletores. O problema é que, segundo ele, alguns veículos estão quebrados e a chuva também complica a situação. “É um problema temporário, isso não é comum acontecer, os horários são fixos e só sofrem pequenas alterações quando há alguma dificuldade no trânsito”, explicou Baracho, prometendo que ainda essa semana tudo voltará ao normal. “É imperiosa a coleta de lixo em Maceió e estamos tomando todas as medidas necessárias para que seja normalizada”, conclui.
por Sidléia Vasconcelos

Comitê do Rio São Francisco discute projetos de usina nuclear e ponte

01h29, 14 de julho de 2010


Possibilidade de instalação de usina nuclear e construção de mais uma ponte são dois assuntos em alta que envolvem diretamente os estados de Alagoas e de Sergipe, especificamente nas cidades situadas às margens do rio São Francisco. Os pontos que sugerem amplo debate estão na pauta da reunião da Câmara Consultiva Regional do Baixo São Francisco marcada para esta quarta-feira, 14, em Propriá-SE.


O encontro marcado para começar às 8h30, no Auditório da Sociedade SEMEAR é mais uma ação do órgão que pertence ao Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), atualmente coordenado pelo professor e mestre da Universidade Federal de Sergipe, Luiz Carlos Fontes.


Impactos hidroambientais


Os membros da Câmara Consultiva discutirão os impactos hidroambientais decorrentes da provável implantação de uma usina nuclear na região do Baixo São Francisco, suas relações com o projeto de transposição de águas do “Velho Chico” e a possível construção de uma ponte entre Brejo Grande-SE e Piaçabuçu-AL, municípios onde existem áreas de proteção ambiental que serão afetadas com a obra sugerida pelo governo sergipano.


De acordo com material divulgado à imprensa, a reunião servirá ainda para discutir quais serão as consequências para a região da foz será com a aprovação do projeto de construção da ponte, investimento que será acompanhado por estradas que permitirão o acesso à ponte que completará a estrada pelo litoral nordestino, de Natal a Salvador. A obra é anunciada como mais um investimento em infraestrutura que visa melhorar o país para a Copa do Mundo de 2014.


Propaganda do Ministério da Integração


Outro ponto em pauta na reunião da Câmara Consultiva Regional do Baixo São Francisco será uma análise crítica da propaganda do Ministério da Integração Nacional, pasta do governo federal que coordena o projeto de transposição de águas do rio São Francisco para regiões do semi-árido nordestino. A publicidade amplamente divulgada na região ribeirinha é fundamentada nas afirmativas “verdades sobre transposição” e um “rio melhor”, versões que deverão ser contestadas com base em estudos e pesquisas do CBHSF.


Fonte: Aqui Acontece

Asfalto de Interlagos pode chegar às ruas graças ao bagaço de cana

14 / 07 / 2010

Um grupo de pesquisadores fluminenses desenvolveu uma técnica para utilizar o bagaço da cana-de-açúcar como aditivo estabilizante nas misturas de um tipo especial de asfalto.

A técnica poderá viabilizar a chegada às ruas e estradas brasileiras o mesmo asfalto utilizado no autódromo de Interlagos. E ainda aproveitando um rejeito agrícola que hoje é queimado.

O bagaço entra na mistura em substituição às fibras de celulose normalmente utilizadas, não permitindo que o cimento asfáltico escorra durante o processo de mistura ou aplicação.
Asfalto SMA – O SMA (Stone Matrix Asphalt) é um tipo de mistura asfáltica desenvolvida na Alemanha no final da década de 1960. Por sua maior resistência, o asfalto SMA é muito usado como revestimento de rodovias e aeroportos europeus e norte-americanos.

Para fabricar o asfalto SMA, fibras de celulose ou de vidro são misturadas com o asfalto para evitar seu escorrimento no momento em que ele é misturado ou aplicado.

“Nosso projeto propõe o uso do bagaço de cana-de-açúcar que sobra do processo de fabricação do açúcar e do álcool. Dessa forma, aproveitamos um resíduo e transformamos um mero procedimento industrial numa contribuição ao desenvolvimento sustentável”, explica Cláudio Leal, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense (IFF).

A técnica desenvolvida é extremamente simples: para transformar o bagaço da cana em aditivo na mistura asfáltica é necessário apenas secá-lo e passá-lo em peneira de 1,2mm. As microfibras resultantes estão prontas para uso.

Bagaço de cana-de-açúcar – A produção de álcool no Brasil gera cerca de 270 quilos de bagaço por tonelada de cana moída.

A maior parte desse rejeito é queimado nas caldeiras das próprias usinas para produção de energia térmica ou elétrica. “Mas estima-se que aproximadamente 20% deste bagaço não sejam queimados e fiquem sem qualquer outra utilização”, afirma Regina Coeli Martins Paes de Aquino, também da IFF.

Além de bom para o meio ambiente, o uso do bagaço reduz o custo de produção do asfalto. “As fibras normalmente misturadas ao SMA têm um custo mais alto do que as misturas convencionais com betume e compostos derivados do petróleo. O bagaço reduz consideravelmente esses custos de produção e ainda proporciona um ganho ambiental”, complementa Regina.

Teste do asfalto com bagaço – Os resultados dos testes feitos em laboratório comprovaram que a mistura com o bagaço apresenta o mesmo desempenho que o asfalto SMA, como foi comprovado no teste mais importante feito pelos pesquisadores, o do escorrimento.

Isso permitiu a marcação de um teste de campo, em larga escala. Brevemente, o asfalto SMA com bagaço de cana será aplicado experimentalmente em um trecho da BR-356, entre Campos dos Goytacazes e São João da Barra.

Muito empregado nos Estados Unidos, Canadá e alguns países da Europa, como Alemanha, Bélgica, Inglaterra e Suíça, por sua maior durabilidade e maior resistência, principalmente a veículos pesados, o asfalto SMA vem aos poucos conquistando espaço. no Brasil.

O autódromo de Interlagos, em São Paulo, por exemplo, tem suas pistas revestidas por esse tipo de asfalto.

“O SMA proporciona o contato grão a grão das britas maiores, tornando a estrutura da mistura asfáltica mais resistente. Esta resistência, que significa quase mais 50% de vida útil, é a grande diferença do SMA para o asfalto comum”, destaca Regina.

“Sua textura mais rugosa também oferece maior segurança aos motoristas, já que o SMA tem melhor drenagem superficial, com a diminuição dos borrifos de água sobre a pista, reduzindo o efeito de aquaplanagem e aumentando a aderência dos pneus à superfície do pavimento”, acrescenta Cláudio.

Asfalto de pneus – Mesmo não sendo mais uma novidade, os pesquisadores também enfatizam a reciclagem da borracha de pneus como substituto das fibras de celulose em misturas asfálticas.

“Dentre os modificadores de cimento asfáltico, a borracha moída dos pneus que não são mais utilizados merece destaque: além de melhorar o desempenho do asfalto, esse reaproveitamento possibilita que um quilômetro de rodovia absorva cerca de três mil pneus que de outra forma possivelmente estariam armazenados indevidamente, descartados em rios e lagoas, ou servindo como depósitos de larvas de mosquitos”, alerta Regina.

A pesquisa, que conta ainda com a participação de Protásio Ferreira e Castro, da Universidade Federal Fluminense, foi financiado pela FAPERJ.
(Fonte: Site Inovação Tecnológica)

Uso de sacolas plásticas no comércio do Rio fica restrito a partir de sexta-feira

14 / 07 / 2010

O uso de sacolas plásticas para embalar mercadorias fica restrito no Rio de Janeiro a partir de sexta-feira (16), com a entrada em vigor da Lei nº 5.502 de 2009. Os parlamentares da Assembleia Legislativa do estado tinham aprovado o adiamento para janeiro de 2011, mas o Diário Oficial do estado publicou nesta terça-feira (13) o veto do governador Sérgio Cabral.

Também na sexta-feira, fiscais da Secretaria do Ambiente vão a supermercados e lojas para garantir a aplicação da lei. O órgão informou, no entanto, que inicialmente eles vão realizar ações educativas e não está prevista a aplicação de multa, que pode chegar a R$ 20 mil.

De acordo com o presidente da Associação de Supermercados do Rio de Janeiro, Aylton Fornari, o comércio vem se adaptando há algum tempo às novas regras.

“Estamos preparados para cumprir essa lei, os mercados vão dar desconto de 3 centavos em cada cinco itens para quem não quiser levar a sacola. E vão disponibilizar outros tipos de sacolas reforçadas, como de lona e ráfia, que possam ser reutilizadas. Isso já vem acontecendo há algum tempo, mas sexta começa a fiscalização da mudança do sistema”, destacou Fornari.

O comércio popular também terá de observar a lei. O presidente da Sociedade de Amigos e Adjacências da Rua da Alfândega (Saara), Ênio Bittencourt, diz que será difícil mudar em tão pouco tempo e reclama da falta de alternativas.

“A gente vai fazer o que for possível, porque o comércio popular utiliza muito esse material. Vai ficar meio apertado o prazo, vamos tentar diminuir, porque não nos apresentaram nenhuma alternativa”, disse Bittencourt, que representa comerciantes do maior centro de comércio popular da cidade.

Rosângela de Souza, que trabalha numa papelaria na Praça Mauá, no centro do Rio, reclamou da falta de informação, apesar de ser a favor da preservação do meio ambiente.

“Tem mais é que mudar mesmo, o que pudermos fazer para melhorar o meio ambiente será ótimo, o planeta agradece. Mas faltou informação, porque no nosso caso acabamos de comprar um estoque para seis meses de sacola plástica. Não sabemos o que vai ser feito ainda”, disse a vendedora.

Em quase um ano da campanha Saco É um Saco, do Ministério do Meio Ambiente em parceria com a Secretaria do Ambiente do estado, foram recolhidos mais de 600 milhões de sacolas plásticas no Rio de Janeiro. A assessoria da Secretaria do Ambiente informou que a campanha vai ser intensificada com o objetivo de esclarecer a população sobre os prejuízos que o plástico causa ao meio ambiente, já que a decomposição do material leva até 500 anos.
(Fonte: Radiobrás)

Plantas em escritórios servem como filtros naturais de ar

14 / 07 / 2010

Hoje em dia é muito comum ver funcionários de um mesmo escritório “culparem” o uso do ar-condicionado por problemas respiratórios e doenças crônicas. Porém, muitas vezes isso acontece por causa das longas horas que este funcionário passa em um ambiente fechado, que pode sofrer com a chamada “síndrome do prédio doente”.

Esta síndrome acontece em locais que possuem ar-condicionado sem manutenção e um grande número de máquinas, fazendo com que o ozônio acumulado no escritório fique preso no ambiente. De acordo com pesquisa realizada pela Universidade do Estado da Pensilvânia, ambientes fechados que contam com vasos de plantas, apresentam uma concentração mais baixa de poluentes.

Para Carla Toledo, designer floral e proprietária da Reserva Floral, um dos benefícios do uso de plantas no ambiente de trabalho é a possibilidade de ter um filtro natural de ar, capaz de filtrar as impurezas existentes em um ambiente sem ventilação natural. “Por serem locais fechados, os escritórios possuem como grande vilão os poluentes liberados por aparelhos eletrônicos como ar-condicionado, impressoras e copiadoras. As plantas domésticas são ideais para estes locais, pois são purificadores naturais e retiram toda a poluição do ambiente”, afirma Carla Toledo.

A designer conta que muitas empresas têm investido num serviço chamado Assinatura Floral, que apresentou um crescimento de 20%, em relação ao ano passado, e que garante a entrega de arranjos e flores frescas semanalmente nas empresas.

Além de purificar o ambiente, as flores e plantas também podem melhorar o desempenho no trabalho. Um ambiente agradável pode fazer toda a diferença na dedicação de um profissional. Durante pesquisa realizada pela Universidade do Texas, homens e mulheres demonstraram mais pensamento criativo e apresentaram soluções mais originais para os problemas propostos no ambiente com flores e plantas. (Fonte: JB Online)