quarta-feira, 14 de julho de 2010

Comitê do Rio São Francisco discute projetos de usina nuclear e ponte

01h29, 14 de julho de 2010


Possibilidade de instalação de usina nuclear e construção de mais uma ponte são dois assuntos em alta que envolvem diretamente os estados de Alagoas e de Sergipe, especificamente nas cidades situadas às margens do rio São Francisco. Os pontos que sugerem amplo debate estão na pauta da reunião da Câmara Consultiva Regional do Baixo São Francisco marcada para esta quarta-feira, 14, em Propriá-SE.


O encontro marcado para começar às 8h30, no Auditório da Sociedade SEMEAR é mais uma ação do órgão que pertence ao Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), atualmente coordenado pelo professor e mestre da Universidade Federal de Sergipe, Luiz Carlos Fontes.


Impactos hidroambientais


Os membros da Câmara Consultiva discutirão os impactos hidroambientais decorrentes da provável implantação de uma usina nuclear na região do Baixo São Francisco, suas relações com o projeto de transposição de águas do “Velho Chico” e a possível construção de uma ponte entre Brejo Grande-SE e Piaçabuçu-AL, municípios onde existem áreas de proteção ambiental que serão afetadas com a obra sugerida pelo governo sergipano.


De acordo com material divulgado à imprensa, a reunião servirá ainda para discutir quais serão as consequências para a região da foz será com a aprovação do projeto de construção da ponte, investimento que será acompanhado por estradas que permitirão o acesso à ponte que completará a estrada pelo litoral nordestino, de Natal a Salvador. A obra é anunciada como mais um investimento em infraestrutura que visa melhorar o país para a Copa do Mundo de 2014.


Propaganda do Ministério da Integração


Outro ponto em pauta na reunião da Câmara Consultiva Regional do Baixo São Francisco será uma análise crítica da propaganda do Ministério da Integração Nacional, pasta do governo federal que coordena o projeto de transposição de águas do rio São Francisco para regiões do semi-árido nordestino. A publicidade amplamente divulgada na região ribeirinha é fundamentada nas afirmativas “verdades sobre transposição” e um “rio melhor”, versões que deverão ser contestadas com base em estudos e pesquisas do CBHSF.


Fonte: Aqui Acontece

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