terça-feira, 23 de novembro de 2010

Monitoramento do Litoral de Maceió é debatido no MPF/AL

22.11.2010 20h29

Estudos podem servir de base para medidas de controle ambiental na orla marítima de todo o Estado

A procuradora da República Niedja Kaspary realizou reunião de trabalho, nesta segunda-feira (22), com técnicos da Secretaria Municipal de Infra-estrutura (Semimfra) e da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) para tratar do projeto de monitoramento da orla marítima de Maceió.
O objetivo do projeto é identificar as características físicas e ambientais das áreas litorâneas e as
conseqüências dos processos associados às mesmas, como, por exemplo, o de erosão. Depois de pronto, o estudo servirá de base para que eventuais intervenções sejam feitas com o menor impacto ambiental possível.
Dia 13 de dezembro próximo, o projeto será apresentado em reunião na sede da Gerência Regional de Patrimônio da União (GRPU). “É uma iniciativa importante, por tratar de problemas graves que se verificam na orla da capital. Alguns deles já estão sendo combatidos pelo MPF, por meio de recomendações e ações civis públicas, como no caso da retirada dos gabiões da praia de Pajuçara” afirmou a procuradora Niedja Kaspary, que também vai participar da reunião.
De acordo com o projeto, todo o litoral de Maceió, do Pontal da Barra à Ipioca, será objeto de monitoramento, durante um prazo estimado de dois anos. “Nessa primeira etapa, o projeto quer servir como uma espécie de piloto, que possa ser implantado em todo o restante do Litoral de Alagoas”, pontua Rochana Campos. Segundo a representante da Ufal, o projeto conta com a parceria da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), por meio de convênio técnico-científico, que prevê a cessão de estrutura de equipamentos de última geração para a realização do monitoramento, bem como a experiência de estudos já implementados no Recife.
Erosão Segundo o Coordenador Geral de Controle Ambiental da Seminfra, engenheiro Roberto Barbosa, a erosão costeira está associada a fatores como ocupação desordenada do ambiente de praia, planejamento urbano deficiente, barragens dos sedimentos nas bacias costeiras e obras de contenção feitas de modo pontual, entre outros. Já os principais prejuízos, já visíveis em toda a extensão da orla da cidade, são a destruição do patrimônio público, prejuízos dos imóveis particulares, bem como à atividade turística, perda de espaços públicos de lazer, desequilíbrio ecológico e destruição do patrimônio ambiental.
Resultado do Seminário sobre Erosão Costeira, realizado dois anos atrás, por engenheiros ligados à extinta Somurb, o projeto conta com a participação de estudiosos do assunto, a exemplo de Rochana Campos, doutora Pela Ufal, Elírio Toldo Junior , doutor pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul(UFRS), Valdir Vaz manso e Paulo Coutinho, doutores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Também deverão integrar o projeto o Instituto do Meio Ambiente (IMA), a quem compete o gerenciamento costeiro em Maceió, a Secretaria Municipal de Proteção ao Meio-Ambiente ( Sempma) e Secretaria de Patrimônio da União ( SPU).

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