sexta-feira, 29 de outubro de 2010
FNMC ou Fundo Clima
A3P - Agenda Ambiental na Administração Pública
A Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P) é uma ação voluntária proposta pelo MMA e tem sido implementada por diversos órgãos e instituições públicas das três esferas de governo e no âmbito dos três poderes. Iniciada em 1999, a A3P tem como objetivo estimular os gestores públicos a incorporar princípios e critérios de gestão ambiental em suas atividades rotineiras, levando à economia de recursos naturais e à redução de gastos institucionais por meio do uso racional dos bens públicos e da gestão adequada dos resíduos.
A Agenda Ambiental na Administração Pública, sendo reconhecida pela relevância do trabalho e dos resultados positivos que obteve ao longo do seu desenvolvimento, foi consagrada, em 2002, com o prêmio Unesco "O melhor dos exemplos", na categoria Meio Ambiente.
Diante da sua importância, a A3P foi incluída no PPA 2004/2007 como ação, no âmbito do programa de educação ambiental. Essa medida garantiu recursos para que a A3P possa ser efetivamente implantada e tornar-se um novo referencial de sustentabilidade socioambiental das atividades públicas.
A partir de 2007, com a reestruturação do Ministério do Meio Ambiente, a A3P passou a integrar o Departamento de Cidadania e Responsabilidade Socioambiental (DCRS), da Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental (SAIC). Nesse novo arranjo institucional a A3P foi fortalecida enquanto Agenda de Responsabilidade Socioambiental do governo e passou a ser uma das principais ações para proposição e estabelecimento de um novo padrão de responsabilidade nas atividades econômicas na gestão pública.
Portarias Institucionais
Portaria Nº 217 de 30 de julho de 2008 - Institui o Comitê de Implementação da A3P no Ministério do Meio Ambiente
Portaria No. 61 de 15 de maio de 2008 - Estabelece práticas de sustentabilidade ambiental nas compras públicas
Como participar?
http://www.mma.gov.br/sitio/index.php?ido=conteudo.monta&idEstrutura=36&idConteudo=7514&idMenu=7683
Gestão Adequada de Resíduos
- Extração de recursos naturais;
- Redução dos resíduos nos aterros e o aumento da sua vida útil;
- Redução dos gastos do poder público com o tratamento do lixo;
- Redução do uso de energia nas indústrias e intensificação da economia local (sucateiros, catadores, etc.).
Implementação do Decreto nº 5940, de 25/10/06
Atualmente, a maior parte dos órgãos públicos que já implementam ações da A3P estão se inserindo no projeto "Coleta Seletiva Solidária", conforme o Decreto nº 5940, de 25 de outubro de 2006, que institui a separação dos resíduos recicláveis descartados pelos órgãos e entidades da administração pública federal direta e indireta, na fonte geradora, e a sua destinação às associações e cooperativas dos catadores de materiais recicláveis, constituindo-se em exemplo na busca da inclusão social de expressivo contingente de cidadãos brasileiros.
O referido Decreto prevê a constituição de uma Comissão para a Coleta Seletiva, no âmbito de cada órgão, cujo o objetivo é de implantar e supervisionar a separação dos resíduos e a sua destinação às associações e cooperativas dos catadores. Assim como é também de sua responsabilidade apresentar, semestralmente, ao Comitê Interministerial da Inclusão Social de Catadores de Lixo, avaliação do processo de separação e destinação às associações e cooperativas dos catadores.
Além de terem um importante papel na economia, os catadores de materiais recicláveis configuram-se como agentes de transformação ambiental e sua ação minimiza o quantitativo de lixo a ser coletado e destinado pelas municipalidades, ampliando a vida útil dos aterros sanitários. Esses trabalhadores são, ao mesmo tempo, geradores de bens e de serviços, impulsionando o setor econômico da reciclagem.
Cenários
Matéria Orgânica:
Aterro Sanitário Energético- ocorre a decomposição anaeróbia da matéria orgânica, gerando o gás metano (gás combustível), gás carbônico e chorume, os quais constituem os maiores responsáveis por impactos negativos em aterros.
Compostagem- é a reciclagem da matéria orgânica por decomposição aeróbia ou anaeróbia.
Compostagem Aeróbia- técnica de tratamento que gera quantidade significativa de matéria orgânica estabilizada (adubo orgânico), sendo importante para a estruturação do solo (corretivo orgânico).
Pode-se incentivar a compostagem doméstica, especialmente em cidades de pequeno e médio porte, tendo a vantagem de redução da geração de lixo, diminuindo custos de transporte e destinação, bem como da produção de adubo.
Compostagem Anaeróbia - técnica de tratamento em que o principal produto gerado é o gás metano, usado como combustível. Esta técnica exige investimento considerável de instalação e manutenção, sendo a operação mais complexa do que no processo aeróbio.
Assim sendo, uma política que vise o tratamento adequado para a fração orgânica é de extrema importância. Deve-se pensar em estratégias diferentes para cidades de diferentes portes:
a) Cidades de grande porte: aterro com recuperação energética; compostagem com os resíduos geradores de matéria orgânica, sendo necessário que a matéria orgânica seja coletada separadamente para evitar contaminação por poluentes inorgânicos (metais pesados);
b) Cidades de pequeno e médio porte: compostagem aeróbia e anaeróbia dependendo da região. Nos casos de escassez de energia, recomenda-se investir na geração de metano. O incentivo a compostagem doméstica é também importante. Avaliar a possibilidade de consórcio.
Resíduos de Plástico, Papel, Papelão, Papel Metalizado, Vidro e Metal:
Este grupo é responsável por aproximadamente 40% dos resíduos gerados em domicílios, sendo na sua maioria resíduos de embalagens.
Em meados de 1997, o setor de embalagens de garrafas PET e de latas de alumínio em conjunto com as grandes redes de supermercados, os quais não queriam reservar espaços para os vasilhames, decidiram qual o tipo de embalagem para bebidas engarrafadas, sem considerar os impactos ambientais negativos deste procedimento (geração de lixo, consumo energético, etc.).
Vidros e Metais
Os materiais de vidro e metal podem ser reciclados muitas vezes sem perderem suas propriedades físico-químicas. A garrafa de vidro pode ser retornada no processo cerca de 30 vezes, passando apenas por um processo de limpeza. Já no caso do alumínio, sua embalagem somente pode ser usada uma vez, tendo que ser fundida para fazer um nova embalagem.
Papel e Papelão
As fibras que constituem o papel e o papelão perdem suas características físico- químicas durante os vários processos de reciclagem, ou seja, chega um momento em que a qualidade desse material não é mais adequada para a reciclagem, sendo necessário incentivar a redução de sua geração e consumo. Quanto ao papelão, deve-se incentivar que as embalagens sejam devolvidas aos fabricantes, por meio da responsabilidade compartilhada.
Plásticos
Os plásticos são compostos por moléculas orgânicas poliméricas, unidades de matéria muito longas nas quais uma pequena unidade estrutural repete-se inúmeras vezes. O polímero orgânico mais simples é o polietileno.
Dependendo da forma exata em que tem lugar a polimerização, é formado o polietileno de baixa densidade (LDPE), o plástico designado para efeitos de reciclagem com o número 4, ou o polietileno de alta densidade (HDPE), designado com o número 2.
Se um dos átomos ligados a cada segundo átomo de carbono de cada cadeia é o cloro - Cl, em lugar de hidrogênio, o polímero obtido é o PVC poli (cloreto de vinila), que usa como símbolo de reciclagem o número 3.
Se o substituto é um grupo de metila, em vez de cloro, temos o polipropileno (símbolo de reciclagem 5) e, se é um anel de benzeno, obtemos o poliestireno (símbolo 6).
O outro plástico comumente reciclado (símbolo 1), é o PET - poli (etileno tereftalato).
As matérias-primas a partir das quais são fabricados os plásticos são obtidas do petróleo cru (exceto o cloro do PVC) Pode-se dividir os plásticos em três grupos:
1) os que deveriam ser gradualmente banidos (embalagens de PVC para alimentos);
2) os que no médio e longo prazo devem ser reduzidos por apresentarem características tóxicas - PET e poliestireno (copos descartáveis);
3) e os que apresentam características pouco tóxicas como o polietileno e o polipropileno
Algumas características dos plásticos formados por todos esses polímeros que os tornam atrativos para a maioria dos usos a que estão associados, incluindo embalagens, são a sua força e resistência, durabilidade e longa vida, baixo peso, excelente barreira contra água e gases, resistência à maioria dos agentes químicos, excelente processabilidade e baixo custo.
Tais propriedades, no entanto, são também um grande problema ao final da vida útil desses produtos, especialmente o uso único em produtos como sacolas e embalagens. A sua inércia inerente permite que persistam no ambiente e o seu baixo custo fazem com que sejam altamente descartáveis.
Alguns países, como a Suécia e a Alemanha, tornaram os fabricantes legalmente responsáveis pela coleta e reciclagem das embalagens usadas em seus produtos. Pode-se dizer que se o impacto ambiental fosse incluído na determinação do custo dos materiais virgens, o plástico reciclado seria a alternativa mais barata. Além disso, a combustão de alguns plásticos, sobretudo o PVC, produz dioxinas e furanos e emite cloreto de hidrogênio gasoso.
Existem quatro formas básicas de reciclar plástico:
reprocessamento por refusão ou remoldagem, onde os plásticos são lavados, fragmentados e triturados, de forma que, uma vez limpos, podem ser fabricados novos produtos a partir deles;
despolimerização até seus componentes monoméricos mediante processos químicos ou térmicos, de forma que possam ser polimerizados novamente;
transformação em uma substância de baixa qualidade a partir da qual possam ser feitos outros materiais;
queima para obtenção de energia ( reciclagem de energia ).
Entre os exemplos da opção de reprocessamento, incluem-se a produção de fibras de carpete a partir de PET reciclado, itens como canecas de plástico e sacolas a partir de HDPE reciclado, e estojos de CD`s e acessórios de escritório, a partir de poliestireno reciclado, entre outros.
Dentre os exemplos de opções de transformação para reciclagem de plásticos, estão:
Processos de redução, como a produção de combustível sintético. Por exemplo, tem sido proposta a pirólise de plásticos de polietileno para gerar monômeros que podem ser convertidos em lubrificantes;
Processos de oxidação com o objetivo de produzir gás de síntese. Não importa quantas vezes se pode reutilizar os plásticos tradicionais. Isto não leva ao seu desaparecimento. A maior parte (mais de 80%) dos plásticos pós-consumo no Brasil vai acabar depositada nos aterros sanitários, nos lixões, nas ruas, parques, lagos, rios, mares, ou seja, no meio ambiente, se acumulando nestes locais por décadas antes que comecem a se degradar.
Considerações sobre a Reciclagem
Os materiais de pós-consumo mais comumente coletados para reciclagem são o papel, alumínio, aço e vidro. Os custos de mão-de-obra, energia e poluição associado à coleta, à seleção e ao transporte dos materiais para as instalações onde podem ser reutilizados devem ser considerados em qualquer análise.
Além disso, a demanda de materiais reciclados dessas categorias ao longo do tempo tem se mostrado inconsistente, apresentando preços oscilantes, em resposta às mudanças nas condições de suprimento e em função da demanda.
Assim sendo, a reciclagem de papel, vidro e plásticos necessita ser justificada com base em fatores não-econômicos e não-energéticos, incluindo por exemplo a redução dos espaços dedicados aos aterros.
Por essas razões, e inúmeras outras, a redução no consumo deve ter prioridade sobre a reutilização e a reciclagem de materiais.
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
Mineralograma nas Fezes
Quem pede esses exames:
Nutrólogos
Medicine Estéticas
Neurologista
O Que analisa esse Mineralograma?
Minerais: Cálcio, magnésio, sódio, zinco, potassio, cobre, selênio, cromo, manganês, molibdeno, boro, iodo, litio, estrôncio, sódio, bário, zircônio, cobalto, tungsteno, fósforo, silicone, ferro, vanadio, enxofre. Tóxicos: alumínio, antimônio, arsênico, berilio, bismuto, chumbo, mercúrio, prata, talio, toro, urânio, níquel, estanho, cadmio.
Opções de Tratamento
Se o resultado do exame reveler excesso de metais pesados, é necessário a eliminação da fonte de contaminação o mais rápido possível e considerar fazer tratamento de quelação com a ajuda de um profissional qualificado. Se a deficiência de mineral for encontrado, é necessário fazer suplementação.
Determinar a fonte principal ou contribuinte que causa a desordem.
Petróleo é descoberto no NE
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Alagoas - Diretoria de Unidades de Conservação intensifica monitoramento de reserva em Roteiro
Flávia Batista
A ocupação desordenada é um dos maiores problemas no povoado da Palatéia, situada na Reserva Ecológica (Resec) de Roteiro. A questão foi observada por técnicos da Diretoria de Unidades de Conservação (Diruc) do Instituto do Meio Ambiente (IMA), durante as ações de monitoramento e fiscalização que têm ocorrido desde o início do mês.
Na última quinta-feira (21), técnicos da Diruc voltaram à Palateia, onde presenciaram a construção irregular de pequenas casas. “O problema é que a comunidade não tem consciência de que está dentro de uma área protegida ambientalmente”, explicou Alex Nazário, diretor de Unidades de Conservação. Por conta disso, afirmou o diretor, o trabalho dos técnicos é, sobretudo de orientação. “É uma ação com foco na educação ambiental. Conversamos, orientamos, explicamos os motivos e que a subsistência deles está diretamente ligada à preservação do ecossistema”, contou.
Além das construções dos casebres ao longo do povoado, pequenas áreas de desmatamento de mangue foram observadas. “São áreas pequenas, mas que merecem a nossa atenção. Por isso que o contato com as comunidades é tão importante”.
A Resec do Roteiro está situada entre os municípios de Barra de São Miguel e Roteiro e tem 760 hectares. É a maior área contínua de mangue de Alagoas.
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Maceió - Local para o lixo da Construção Civil
CONSTRUÇÃO DE LOCAL PARA ACONDICIONAMENTO DE LIXO RECICLÁVEL E NÃO RECICLÁVEL.
Maiores informações sobre a cotação encontram-se a disposição na CEPAL.
As propostas de preços deverão ser enviadas através de e-mail, deptocompras@cepal-al.com.br, por fax (082) 3315 8316 ou entregue ao Departamento de Compras, na sede da CEPAL situada à Av. Fernandes Lima S/N, Farol – Maceió – Alagoas CEP: 57.052.000 – das 08:00 às 14h.
Maceió 22 de Outubro de 2010.
Eurídice Lopes dos Santos
Chefia do Departamento de Compras
Como funciona a contaminação dos solos
O solo é um recurso natural vital para o funcionamento do ecossistema terrestre e dos ciclos naturais. Apresenta inúmeras funções - uma delas é atuar como um filtro, graças a sua capacidade de depurar grande parte das impurezas nele depositadas; ele age também como um “tampão ambiental”, diminuindo e degradando compostos químicos prejudiciais ao meio ambiente.
contaminante - produto encontrado em um determinado meio em uma concentração abaixo dos níveis toleráveis em relação a critérios adotados
poluente - produto encontrado em um determinado meio em concentração acima dos níveis toleráveis em relação a critérios adotados.
Valor de Referência de Qualidade (VRQ): é a concentração de determinada substância no solo ou na água subterrânea, que indica as condições de um solo considerado limpo ou de águas subterrâneas em seu estado natural. São valores de referência usados na prevenção e no controle da contaminação e para o monitoramento de áreas contaminadas.
Valor de Prevenção (VP): indica a qualidade de um solo capaz de sustentar as suas funções primárias, protegendo-se os seres humanos e os animais e a qualidade das águas subterrâneas. Indica uma possível alteração da qualidade natural dos solos. Quando este valor é excedido podem ocorrer alterações prejudiciais à qualidade do solo e das águas subterrâneas e devem ser usadas medidas preventivas de contaminação. Deve-se, também, exigir o monitoramento das águas subterrâneas, identificando-se e controlando-se as fontes de poluição.
Clique aqui para ver a tabela de contaminantes do solo e água subterrânea.
O comportamento do herbicida depende das propriedades físico-químicas e biológicas do solo, bem como de fatores climáticos. Os três processos básicos que podem ocorrer com os pesticidas no solo são retenção, transformação e transporte.
Atrazina – sua marca comercial é Primoleo. Tem elevado persistência nos solos chegando a demorar cerca de sete meses para degradar. É de alta toxicidade, e pode estar presente em alta quantidade no solo. Estes herbicidas atuam em uma etapa do processo fotossintético da planta matando-a por falta de produtos da fotossíntese.
Fomesafen - atua na inibição de uma enzima chamada Protox que impede a síntese de clorofila, pigmento responsável pela fotossíntese. Sua marca comercial é Flex.
Efeitos dos produtos tóxicos nos seres vivos
No ser humano
DDT/BHC: câncer, danos ao fígado e a embriões
Clordano: câncer, doenças do fígado e do sangue, efeitos neurológicos cardiovasculares, respiratórios, gástricos e renais severos, problemas endócrinos e reprodutivos
Toxafeno: exposição a elevadas concentrações está associada a disfunções renais, hepáticas, nervosas, debilidade do sistema imunológico, diminuição da esperança de vida, disfunção hormonal, diminuição da fertilidade e alterações comportamentais
Hexaclorbenzeno: pode prejudicar o fígado, tiróide e rins, sistemas endócrino, imunológico, reprodutivo e nervoso e câncer
Heptacloro: disfunção reprodutiva e endócrina e câncer de bexiga
Bário (Ba): aumento transitório da pressão sangüínea e efeitos tóxicos sobre o coração, vasos e nervos
Cádmio (Cd): pressão alta, problemas renais, aterosclerose, inibição no crescimento, doenças crônicas em idosos e câncer
Cobre (Cu): irritação e corrosão da mucosa, problemas hepáticos e renais e irritação do sistema nervoso central seguido de depressão
Nos microorganismos
Os microorganismos entram em contato com os produtos tóxicos quando o solo em que vivem recebe esta substância direta ou indiretamente. Com isto, novas substâncias químicas se formam neste ambiente e o habitat acaba sofrendo mudanças, mesmo que temporárias, e provocam distúrbios em alguns processos como a nutrição, o metabolismo e a reprodução dos microorganismos. Um exemplo de produto químico é a atrazina, herbicida utilizado em várias culturas, cujo efeito é a diminuição da atividade e das populações de bactérias e algas.
Nos peixes
O despejo de esgoto, dejetos industriais, restos urbanos e industriais, acidentes, o abandono de estruturas e ferro-velho no mar, a produção de petróleo, a mineração, os restos de nutrientes e pesticidas agrícolas e o material radioativo poluem muito mais o ambiente aquático do que os desastres ambientais conhecidos devido ao derrame de petróleo. Estima-se que os recursos terrestres sejam responsáveis por 44% dos poluentes que entram nos mares enquanto que o transporte marítimo é responsável por apenas 12%.
A poluição causada por esgotos e pela agricultura pode resultar no florescimento de algas em regiões costeiras. Estas algas decompõem o oxigênio da água fazendo surgir as “zonas mortas”, quando é impossível ter vida marinha.
Nos animais aquáticos os POPs podem causar problemas imunológicos, hormonais e reprodutivos. Os peixes mais gordos, que apresentam maior quantidade de tecido adiposo tendem a acumular mais POPs nos seus corpos e estes podem ser transmitidos para os consumidores humanos. Os valores mais elevados de DDT, PCBs e de outras substâncias lipossolúveis, são encontradas no salmão, truta e pescada do que em outros habitantes das mesmas águas. O fígado do bacalhau, muito rico em gorduras, pode ter níveis de DDT e PCBs até cem vezes superiores aos da sua carne comestível, que é magra. Em caso de fome, a mobilização das reservas lipídicas onde os contaminantes estão armazenados, para obtenção de energia, pode provocar a sua libertação para a corrente sanguínea, atingindo eventualmente órgãos vitais como o cérebro e, assim, conduzir à morte.
Os vazamentos de petróleo formam uma película de óleo sobre a superfície dos rios, lagos e mares, onde alguns peixes procuram oxigênio, e acabam ingerindo quantidades elevadas de petróleo, intoxicando-se e morrem rapidamente.Os efeitos dos pesticidas sobre os peixes podem variar quanto à sua natureza. Estudos evidenciam que além de causar a morte, seja direta ou indiretamente pela destruição de fontes de alimentação, os peixes também sofrem diminuição da taxa de crescimento, alteração na reprodução e comportamento, e, ainda, pode apresentar danos evidentes aos tecidos. Os piretróides sintéticos são um grupo de herbicidas que possuem características extremamente tóxicas para os peixes.
A endrina e o clordano são inseticidas que apresentam toxicidade muito elevada nos crustáceos, peixes e em outros organismos aquáticos. A exposição aguda ao toxafeno (inseticida) é tipicamente letal para as espécies aquáticas. A exposição ao Mirex (inseticida) em elevadas concentrações é letal para peixes.
Os metais pesados podem acumular-se na carne de peixes e de moluscos e causam a morte do plâncton e dos peixes.Os poluentes orgânicos biodegradáveis, provenientes de efluentes com grandes quantidades de hidrocarbonetos dissolvidos, refino de açúcar, destilarias, cervejarias, processamento de leite e de indústria de papel e celulose, assim como os detergentes, óleos e gorduras, são altamente letais para os peixes.
Nas aves
As aves migratórias carregam poluentes – como defensivos agrícolas persistentes e resíduos industriais – para vários locais. Por meio dessa “carona”, as substâncias contaminam áreas de alimentação de outros animais e contribuem para os altos graus de substâncias químicas registrados entre comunidades da região onde os poluentes são usados.
Concentrações de metais pesados em aves são responsáveis por falhas reprodutivas nestas populações. Contaminação por mercúrio (Hg) pode levar a uma insuficiência na produção e na resistência de ovos, assim como uma menor eficiência na chocagem. Experimentos com chumbo (Pb), realizados em laboratório, mostram complicações comportamentais no desenvolvimento de filhotes de aves marinhas.
As aves são consideradas indicadores ambientais adequados quanto à exposição a agrotóxicos, pois, de modo geral, são mais sensíveis a estes produtos do que outros vertebrados, além de serem mais propensas à contaminação. Os resíduos de pesticidas do grupo clorados e/ou seus subprodutos são facilmente encontrados nos tecidos das aves em quase todos os recantos do planeta. Os principais resíduos são o DDE, um subproduto do DDT, e o Dieldrin, em menores quantidades. Entretanto, todos os outros clorados têm a capacidade de bioacumulação. Essa bioacumulação acontece mais na região do cérebro, podendo ser letal.
Outro pesticida citado como responsável por uma grande mortalidade de aves é o carbofuran, inseticida usado até hoje. A exposição aguda ao toxafeno (inseticida) é tipicamente letal para as aves. A exposição a elevadas concentrações do Mirex, também um inseticida, é letal para as aves. Foram encontrados resíduos do inseticida heptacloro em tecidos e ovos de aves selvagens e é responsável – pelo menos em parte – pelo declínio de várias populações destes animais.
Uma grande preocupação existe em relação às aves que servem como fonte de alimento para as pessoas. Deve-se evitar que estas aves tenham acesso aos solos contaminados para se ter maior segurança alimentar.
Sabe-se muito pouco a respeito da contaminação de aves por produtos tóxicos e seus efeitos. Portanto, mais estudos são necessários nesta área para que medidas de prevenção e tratamento possam ser instituídas.
Nos mamíferos
Os mamíferos marinhos são os indicadores da qualidade da água, pois estão no final da cadeia alimentar. Apresentam valores altos de POPs e de outros poluentes devido às grandes quantidades de tecidos gordos do seu corpo e à difícil capacidade de eliminar esses poluentes comparativamente com outras espécies.
Os organoclorados são conhecidos como os principais responsáveis por falhas reprodutivas e quedas populacionais em mamíferos aquáticos. A ocorrência de efeitos dos pesticidas organoclorados em mamíferos é bem menor que nas aves.
O DDT é um desregulador hormonal e está provado que afeta os sistemas reprodutivo e nervoso dos mamíferos. Estudos em ratos, ratazanas, focas e golfinhos sugerem que o DDT prejudica fortemente o sistema imunológico.
A exposição aguda ao toxafeno, inseticida, é tipicamente letal para os mamíferos. Nos mamíferos, o heptacloro é metabolizado em epóxido de heptacloro, composto com uma toxicidade semelhante e que se acumula nos tecidos adiposos.
Metais pesados como o chumbo (Pb) e o cádmio (Cd), provenientes de procedimentos industriais, do tabagismo e de baterias, podem provocar efeitos tóxicos no organismo animal levando a alterações nervosas, renais e endócrinas e favorecem o desenvolvimento de tumores.
Remediação do solo
A técnica de remediação de áreas comprovadamente contaminantes consiste em retirar ou diminuir a concentração do contaminante nos solos ou nas águas subterrâneas. Vários métodos de remediação podem ser utilizados, dentre eles estão: a retirada do solo e tratamento deste fora de seu local de origem, a remoção da água subterrânea do terreno para seu posterior tratamento, a injeção de compostos químicos ou de ar e a biorremediação.
A seleção do método apropriado constitui um processo complexo, envolvendo considerações detalhadas das características do local (fatores geológicos e hidrogeológicos), do poluente, da população microbiana presente no local, e um estudo da viabilidade técnico-econômica de aplicação das várias alternativas para o local específico.
Uma das técnicas mais recomendadas e adequadas atualmente de remediação desses meios contaminados é o tratamento biológico ou a biorremediação. Discutiremos ao longo do texto os principais pontos referentes a esta técnica além de outras técnicas de remediação.
Biorremediação
A biorremediação é uma ciência que estuda, monitora e utiliza um conjunto de tecnologias para remover ou neutralizar poluentes orgânicos presentes nos solos, nas águas ou em outros ambientes utilizando microorganismos, como fungos, bactérias, ou leveduras, ou suas enzimas. Como exemplo podemos citar a adição de microorganismos, como o Pseudomonas sp. ADP (de Atrazine Degrading Pseudomonas), em locais poluídos com o herbicida atrazina para facilitar a sua degradação.Para cada tipo de contaminante são indicadas diferentes espécies de microorganismos para o processo de biorremediação.
Alguns exemplos estão dispostos abaixo.
Anéis aromáticos (combustíveis, resíduos industriais): Pseudomonas, Achromobacter, Bacillus, Arthrobacter, Penicillum, Aspergillus, Fusarium, Phanerocheate
Cádmio (Cd): Staphylococcus, Bacillus, Pseudomonas, Citrobacter, Klebsiella, Rhodococcus, Aspergillus, Saccharomyces cerevisiae
Chumbo (Pb): Bacillus
Cobre (Cu): Escherichia, Pseudomonas, Bacillus
Cromo (Cr): Alcaligenes, Pseudomonas
Enxofre (S): Thiobacillus
Derivados do Petróleo: Pseudomonas, Proteus, Bacillus, Penicillum, Cunninghamella
Zinco (Zn): Rhodococcus, Bacillus
A tecnologia de biorremediação pode ser empregada “in situ” ou “ex situ”.
A biorremediação “in situ” consiste em tratar o material contaminado no próprio local, enquanto a “ex situ” envolve a remoção do material contaminado do seu local original.
A aplicação da biorremediação in situ no tratamento de solos oferece a vantagem de não ser necessária a remoção e o transporte das zonas contaminadas, permite o tratamento de grandes áreas e tem menor custo.
Entretanto, demanda maior tempo de tratamento, apresenta uma menor flexibilidade para o tratamento de grande número de contaminantes e tipos de solo, sendo mais eficaz em solos permeáveis como os arenosos, e é um processo mais difícil de manejar e de avaliar a eficiência. A biorremediação ex situ é indicado nos casos em que há risco de alastramento da contaminação e quando não é possível o tratamento no local, devido, por exemplo, dificuldade de acesso ao local.
A bioestimulação e a bioadição são estratégias da biorremediação cuja aplicação isolada ou combinada poderá conduzir a uma rápida e completa degradação de poluentes. Na bioestimulação ocorre um aumento do número de microorganismos degradantes ou a estimulação da atividade destes em uma área contaminada. Isso é obtido através da adição de nutrientes, oxigênio (processo aeróbico), nitratos, sulfatos, dióxido de carbono, entre outros e associa-se o controle do pH, temperatura e umidade.
A bioadição consiste na adição de microrganismos na área contaminada com capacidade para degradar o contaminante. Muito cuidado é necessário com o uso desta técnica devido aos riscos ambientais que a inserção de um microrganismo não nativo ao solo de uma determinada região pode causar.
Nem todos os contaminantes são facilmente degradados pela biorremediação. A assimilação de alguns metais como o mercúrio (Hg) pode agravar o caso de contaminação. A fitorremediação, uma estratégia de biorremediação que utiliza plantas, é útil nestas circunstâncias, pois muitas plantas são capazes de bioacumular estas toxinas em suas partes acima da superfície, que são colhidas então para a remoção.
Como qualquer outra técnica, a biorremediação apresenta vantagens e limitações. Por isso, é necessário um estudo detalhado das condições em que esta técnica será aplicada para não causar prejuízos futuros.
Nos últimos 20 anos, a biorremediação teve um grande crescimento, passando de tecnologia praticamente desconhecida para uma tecnologia considerada aplicável a um largo espectro de contaminações. É uma opção a ser seguramente considerada para tratar locais contaminados e assim, proteger o meio ambiente e as pessoas.
Outros métodos de remediação e recuperação dos solos
Existem inúmeras técnicas disponíveis para a recuperação de solos e de águas subterrâneas contaminadas, além da biorremediação já discutida. A seleção da técnica apropriada constitui um processo complexo, envolvendo considerações detalhadas das características do local e do poluente, e um estudo da viabilidade técnico-econômica de aplicação das várias alternativas para o local específico.
Considerações de ordem institucional, legal e política contribuem para a seleção final da técnica a ser utilizada, de acordo com a Agência Americana de Proteção Ambiental (EPA - USA - www.epa.gov). Em princípio, requer-se uma remediação que seja adequada tanto à proteção da saúde humana quanto à do meio ambiente de um modo geral, que deve-se levar em conta:
- incertezas no que se refere à disposição do poluente no terreno;
- persistência, toxidez, mobilidade e tendência à bioacumulação das substâncias;
- riscos à saúde humana a curto e longo prazo;
- custos de manutenção a longo prazo;
- possibilidade de custos futuros de limpeza se a remediação não funcionar;
- risco potencial à saúde e meio ambiente associado com escavação, transporte, redisposição ou confinamento.
Tecnologias de tratamento
Diante de várias tecnologias para o tratamento de solos contaminados uma parte destes ainda não é ou é problematicamente difícil de tratar. São vários os fatores que prejudicam o tratamento, dentre eles podem se citar as emissões gasosas de alto risco, além de concentrações residuais elevadíssimas além de produção de grandes quantidades de resíduos contaminados.
Além destes aspectos, algumas das técnicas utilizadas envolvem elevados custos de tratamento. Dos diferentes métodos de descontaminação do solo (biológicos ou não biológicos), apenas os biológicos e a incineração permitem a eliminação ambiental dos poluentes orgânicos, através da sua mineralização.
Tratamento Térmico
As necessidades energéticas das técnicas térmicas são, normalmente, bastante elevadas e são possíveis emissões de contaminantes perigosos. Contudo, em determinados casos, podem ser utilizadas temperaturas substancialmente baixas, levando a consumos de energia relativamente diminutos.
O processo é ainda passível de minimizar outros tipos de poluição ambiental, se as emissões gasosas libertadas forem tratadas. As instalações para este método de tratamento podem ser semi-móveis, e os custos dependem, não só do processo em si, como também do teor de umidade, tipo de solo e concentração de poluentes, bem como de medidas de segurança e das regulamentações ambientais em vigor.
Tratamento Físico-Químico
Dos processos físico-químicos, os métodos atualmente mais usados baseiam-se na lavagem do solo. Estes métodos fundamentam-se no princípio tecnológico da transferência de um contaminante do solo para um aceitador de fase líquida ou gasosa.
Os principais produtos a obter são o solo tratado e os contaminantes concentrados. O processo específico de tratamento depende do tipo(s) de contaminante(s), nomeadamente no que se refere ao tipo de ligação que estabelece com as partículas do solo. Geralmente as argilas têm uma elevada afinidade para a maior parte das substâncias contaminantes (por mecanismos físicos e químicos). Assim, para separar os contaminantes do solo, há que remover as ligações entre estes e as partículas do solo, ou extrair as partículas do solo contaminadas. A fase seguinte consiste na separação do fluido, enriquecido em contaminantes das partículas de solo limpas. Adicionalmente pode ser necessário considerar um circuito de exaustão e tratamento do ar, se for provável a libertação de compostos voláteis.
A aplicação desta técnica pode não ser viável (técnica e economicamente), especialmente quando a fração argila do solo é superior a 30%, devido à quantidade de resíduo contaminado gerada.
Tratamento Biológico
Os métodos biológicos baseiam-se no fato de que os microorganismos têm possibilidades praticamente ilimitadas para metabolizar compostos químicos. Tanto o solo como as águas subterrâneas contêm elevado número de microorganismos que, gradualmente, se vão adaptando às fontes de energia e carbono disponíveis, quer sejam açúcares facilmente metabolizáveis, quer sejam compostos orgânicos complexos. No tratamento biológico, os microorganismos naturais, presentes na matriz, são estimulados para uma degradação controlada dos contaminantes (dando às bactérias um ambiente propício, oxigênio, nutrientes, temperatura, pH, umidade, mistura, etc.). Em determinadas situações (presença de poluentes muito persistentes), pode ser necessário recorrer a microorganismos específicos ou a microorganismos geneticamente modificados, de modo a conseguir uma otimização da biodegradação.
Atualmente as principais técnicas biológicas de tratamento incluem:
- "Landfarming - ( sistema de tratamento de resíduos através de um processo biotecnológico, que utiliza a população microbiana do solo para a degradação destes).
- Compostagem- Decomposição aeróbia, isto é, sob presença de oxigênio, em resíduos orgânicos por populações microbianas in situ, sob condições total ou parcialmente controladas, que produzem um material parcialmente estabilizado.
- Reatores biológicos - Unidades onde ocorre a remoção da matéria orgânica pela ação de microorganismos aeróbios submetidos à aeração, presença constante de ar.
- Descontaminação no local.
- Outras técnicas inovadoras (cometabolismo, desnitrificação, etc).
Estas técnicas, à exceção do "landfarming", estão ainda numa fase de desenvolvimento.
Recentemente, tem sido dada particular relevância aos métodos biológicos de descontaminação de solos, tecnologia promissora que pode vir a ter um papel de importância crescente na recuperação de áreas contaminadas pelas atividades industriais e urbanas. O tratamento biológico do solo diminui os riscos para a saúde pública, bem como para o ecossistema e, ao contrário da incineração ou dos métodos químicos, não interfere nas propriedades naturais do solo.
Fitorremediação - esta técnica biológica procura entender os mecanismos de defesa e tolerância das plantas, seja por exclusão do metal, para evitar ou diminuir sua entrada no vegetal, seja pela produção de proteínas – denominadas fitoquelatinas – que eliminam os metais, seja pela transformação do resíduo tóxico em vertentes menos intoxicantes. Pesquisadores do Laboratório Nacional de Pesquisa em Fitorremediação, da Coréia, transferiram um gene da levedura Saccharomyces cerevisiae para o DNA da Arabidopsis thaliana, planta modelo em pesquisas genéticas. O gene deu a essa espécie vegetal a capacidade de tolerar metais pesados, como o chumbo e o cádmio. O resultado é uma planta transgênica capaz de absorver esses poluentes da terra e de prevenir a contaminação de humanos, principalmente em regiões industriais.
Tendências
A grande quantidade de tecnologias de remediação existentes no mundo é de conhecimento e domínio, pelo menos teórico, das empresas nacionais do segmento. Mas isso não significa que, na prática, elas tenham sido empregadas no Brasil. Tanto é assim que para se ter uma idéia, das 1.336 áreas contaminadas na cidade de São Paulo-SP, apenas 36% delas estão com remediação em andamento e somente 1% conta com projeto concluído.
Além do mais, as implantadas em sua maioria são em postos de gasolina e utilizam as tecnologias mais básicas, de bombeamento e tratamento (pump and treat) também chamada, de extração de vapores e multifásica (que extrai por vácuo água e vapores), algumas poucas de biorremediação e outras de barreira hidráulica.
Não por menos, a própria técnica de zonas reativas anaeróbicas da Arcadis Hidroambiente, apesar de já ter sido empregada em 200 lugares pelo mundo, ainda não foi utilizada no Brasil. Mas esse gap tecnológico tende a diminuir cada vez mais e em alguns anos serão vários os casos de remediações com tecnologias complexas.
Pilhas e baterias tóxicas
OS DADOS SÃO ALARMANTES
O Ministério do Meio Ambiente calcula que em São Paulo são anualmente descartadas no meio ambiente 152 milhões de pilhas comuns e 40 milhões de pilhas alcalinas, segundo dados da Cetesb (a empresa paulista de saneamento ambiental), e cerca de 12 milhões de baterias de celular. A soma é superior a 200 milhões de uni dades a cada ano! No Rio de Janeiro a estimativa anual totaliza 90 milhões de unidades, totalizando cerca de 11 toneladas de baterias depositadas por ano em lixões - o ideal seria o armazenamento especial desses resíduos.
Em alguns países de primeiro mundo já existem coletas especiais para resíduos perigosos. Cada pessoa deve assumir o seu papel de destinar o lixo químico ao local correto.
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
Impacto Ambiental no sul do Brasil
- Irritação e vermelhidão na pele, mesmo que diluída em água. Se isso acontecer, procure um médico.
- Se for ingerido, pode causa queimaduras, náuseas e até levar à morte, tudo depende da concentração da substância
- Pesquisas mostram que o ácido fosfórico é tóxico para peixes a partir de uma concentração de 138 mg/litro. Como uma quantidade considerável vazou, pode haver mortandade entre os peixes.
Crime Ambiental - Multas só vão prescrever depois de 5 anos
KPC - Paraíba e Espírito Santo confirmam casos de contaminação
A Paraíba e o Espírito Santo também confirmaram casos de contaminação pela superbactéria KPC, segundo levantamento da Agência Brasil com as secretarias de saúde de oito estados e do Distrito Federal (DF). Na quarta-feira (20), o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, afirmou que há casos também no Paraná e em São Paulo. As primeiras contaminações foram confirmadas no Distrito Federal, onde há 183 casos.
A Secretaria de Saúde da Paraíba confirmou 18 casos de contaminação pela superbactéria. No Espírito Santo, foi notificado um caso. No Paraná, foram registrados 21 casos em Londrina e três na capital, Curitiba, sendo que uma morte está sob investigação, segundo a Secretaria Municipal de Saúde.
O Distrito Federal tem o maior número de contaminações e mortes. São 183 casos registrados em 17 hospitais – um aumento de quase 70% em menos de duas semanas – e 18 mortes. Dos pacientes infectados pela bactéria no DF, 46 tiveram quadro de infecção e 61 continuam internados em hospitais públicos e privados.
A Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo informou na quarta-feira que não há surto da KPC. Segundo o órgão, os casos isolados em hospitais não são registrados, porque a notificação não é obrigatória. Mas dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) contabilizam 70 casos em São Paulo.
A questão da obrigatoriedade de notificar casos envolvendo bactérias resistentes a antibióticos, como a KPC, será discutida amanhã (22) em reunião entre técnicos da Anvisa e especialistas em infectologia e microbiologia. Segundo a Anvisa, a legislação atual não expressa, de forma clara, a necessidade do registro obrigatório pelos estados para esse tipo de caso, o que permite interpretações diferenciadas da norma.
O aumento de casos relacionados à KPC colocou o governo federal em alerta. A mortalidade nos casos da bactéria é de 30% a 40% maior em comparação à mortalidade provocada por infecção hospitalar, segundo informações do diretor da Anvisa, Dirceu Barbano. O encontro com os especialistas visa a identificar onde estão as falhas que provocaram a contaminação pela superbactéria e à adoção de medidas para conter e prevenir novos casos.
A Agência Brasil procurou também as secretarias de Saúde da Bahia, do Rio Grande do Sul, do Rio de Janeiro e de Minas Gerais, que não informaram casos da infecção. Em Pernambuco, foi registrado um caso, em 2005, conforme as autoridades locais.
A KPC é um tipo de enzima que tem provocado resistência de algumas bactérias aos antibióticos mais usados. Ela atinge principalmente pessoas hospitalizadas com baixa imunidade, como pacientes de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A bactéria pode ser transmitida por meio do contato direto, como o toque, ou pelo uso de um objeto comum. A lavagem das mãos é uma das formas de impedir a disseminação da bactéria nos hospitais.
Forte terremoto atinge a costa do México
Um forte tremor de magnitude 6,9 atingiu nesta quinta-feira (21) a costa pacífica do estado mexicano da Baixa Califórnia, segundo o Serviço Geológico dos EUA, que monitora tremores.
O tremor ocorreu às 11h53 locais (15h53 no horário brasileiro de verão), no Golfo da Califórnia, também conhecido localmente como Mar de Cortéz.
Inicialmente, a agência americana havia avaliado o abalo como de magnitude 6,6, mas depois corrigiu o dado para cima.
O epicentro foi localizado a 10 km de profundidade – considerada baixa -, e a 105 km da cidade mexicana de Los Mochis, no estado de Sinaloa.
O tremor foi sentido em lugares turísticos, mas não há relatos sobre danos.
Uma recepcionista de hotel no resort de La Paz disse que a lâmpada do teto tremeu, mas não houve danos.
A Defesa Civil do estado de Sinaloa, disse que não havia relatos de danos, mas que alguns prédios chegaram a ser esvaziados.
O Centro de Alertas de Tsunami do Pacífico, também americano, descartou a chance de tsunami, mas citou o risco de “ondas locais” na costa da região atingida. (Fonte: G1)
Vírus da gripe suína tem nova cepa, indica artigo médico
O vírus H1N1 da gripe suína pode estar começando a sofrer mutação, e uma forma um pouco diferente começou a predominar na Austrália, na Nova Zelândia e em Cingapura, relataram pesquisadores na quinta-feira (21).
São necessários mais estudos para dizer se a nova cepa apresenta um risco maior de matar os pacientes e se a vacina atual é capaz de proteger contra ela, disseram Ian Barr, do Centro Colaborativo da Organização Mundial da Saúde (OMS) para Referência e Pesquisa sobre Influenza em Melbourne, na Austrália, e seus colegas.
“No entanto, isso pode representar o início de uma mudança antigênica mais drástica dos vírus A (H1N1) do influenza que poderá exigir uma atualização da vacina mais cedo do que o esperado”, escreveram eles na publicação online Eurosurveillance.
É possível que a nova cepa seja mais letal e ainda capaz de infectar pessoas já vacinadas, segundo os pesquisadores.
Os vírus da gripe sofrem mutação constantemente –
Cientistas de todo o mundo permanecem atentos a todas as cepas de gripe, alertas para o caso do surgimento de uma mutação especialmente perigosa. Embora o H1N1 não tenha se tornado especialmente letal, ele se espalhou pelo planeta em algumas semanas e matou mais crianças e adultos jovens do que uma cepa comum.
A OMS anunciou o fim da pandemia em agosto, mas o H1N1 agora é a principal cepa de gripe sazonal em circulação em quase todos os lugares, com exceção da África do Sul, onde o H3N2 e o influenza B são mais comuns. A atual vacina da gripe protege contra o H1N1, o H3N2 e a cepa B.
“O vírus pouco mudou desde que surgiu em 2009; entretanto, nesse artigo descrevemos diversas mudanças distintas geneticamente no vírus influenza H1N1 pandêmico”, escreveu a equipe de Barr no artigo.
“Essas variantes foram detectadas pela primeira vez em Cingapura no começo de 2010 e depois se espalharam pela Austrália e Nova Zelândia.”
As mudanças ainda não são significativas, afirmam eles. Mas houve casos de pessoas vacinadas que se infectaram, e também algumas mortes.
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
Maceió - Projeto Conduta Consciente em Ambientes Recifais vai às piscinas da Pajuçara
Com a proximidade da alta temporada e o consequente aumento das visitas às piscinas naturais do Estado, o Instituto do Meio Ambiente (IMA) intensificou o trabalho de orientação, fiscalização e monitoramento das regiões costeiras alagoanas. Dentro do projeto Conduta Consciente em Ambientes Recifais, a equipe de Gerenciamento Costeiro (Gerco) fará uma ação nas piscinas naturais da Pajuçara no próximo sábado, dia 23.
A ação tem como público alvo turistas, jangadeiros e pescadores que frequentam ou trabalham em praias e áreas exploradas turisticamente.
O Conduta Consciente em Ambientes Recifais nasceu com a meta de envolver as comunidades que trabalham, visitam ou moram em cidades litorâneas em projetos que aliem a atividade turística à preservação ambiental. Nesse contexto, no último dia 9, o Gerco retomou o projeto com uma ação de orientação nas piscinas naturais de Paripueira, onde técnicos do IMA conversaram com usuários de embarcações quanto ao uso adequado dos corredores de navegação e fundeio de âncoras em bancos de coral.
Neste sábado, além do trabalho de orientação e monitoramento, os técnicos do IMA farão coleta das águas das piscinas para analisar a balneabilidade de um dos principais cartões postais da capital alagoana.