terça-feira, 30 de março de 2010

Alagoas terá Plano Estadual de Combate à Desertificação

30/03/10 12:31

"Dois milhões de pessoas ainda morrem de fome em todo o mundo. O desequilíbrio entre uma minoria privilegiada e a maioria massacrada é o que provoca tantas desigualdades sociais. Já a desertificação (degradação da terra nas zonas áridas, semi-áridas e sub-úmidas secas) atinge 41% da superfície do planeta, e 42% da população mundial. Uma das principais causas é o sistema de produção colonial que incentiva a exploração dos recursos naturais até a sua exaustão". As afirmações são do assessor técnico da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Marcelo Ribeiro, ao proferir palestra no auditório do Senac Poço, na Semana da Água. Ele falou sobre o "Plano de Ação Estadual de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca".

Desde os anos 70 que a desertificação virou tema mundial. Marcelo Ribeiro explicou à platéia que nos anos 90, a discussão do problema aumentou em função das conseqüências trágicas que o fenômeno desencadeou em vários países, principalmente na África, onde matou milhares de pessoas e provocou a degradação do meio ambiente. As discussões resultaram na criação do PAN (Programa de Ação Nacional de Combate à Desertificação) que no Brasil é executado pelo Ministério do Meio Ambiente. "O objetivo é apoiar o desenvolvimento sustentável, combater a pobreza e a desigualdade, aliado à recuperação, preservação e conservação dos recursos naturais", afirmou Marcelo.

Segundo ele, em Alagoas o governo está trabalhando na organização de um plano estadual. "Já ocorreram três reuniões; temos que ter a capacidade de gerar projetos e buscar recursos em Brasília para a execução", afirmou o assessor técnico acrescentando que "a mudança climática é uma ameaça à civilização e até 2050 a desertificação e a salinização afetarão 50% das terras agrícolas".

Em Alagoas, as áreas suscetíveis à desertificação correspondem à 52,4% de toda a extensão territorial do estado, e a forma mais grave ou intensa está concentrada na região do alto sertão. Marcelo Ribeiro ressaltou a importância das parcerias e articulações dos poderes públicos Federal, Estadual e Municipal em conjunto com a sociedade civil organizada, representada pela Articulação do Semi-Árido (ASA) para o combate à desertificação no estado.
por Senac/AL

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