sexta-feira, 26 de março de 2010

Estudo cientifico avalia impactos do Aquecimento Global nas duas maiores metrópoles brasileiras

21/3/2010 - Clima

Temperaturas cada vez mais altas, aumento do nível do mar, chuvas intensas. O que as mudanças climáticas vão provocar nas grandes metropóles?
Para buscar respostas o Nepo: -Núcleo de Estudos da População da Unicamp se uniu ao INPE-Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Os cientistas identificaram os pontos mais ameaçados nas duas principais metrópoles brasileiras: São Paulo e Rio de Janeiro. A arquiteta e urbanista Andrea Young , responsável pelo relatório preliminar conta que no Rio, regiões mais baixas onde estão a Baía de sepetiba ,a Baía da Guanabara e a Lagoa Rodrigo de Freitas, vítimas da ocupação desenfreada vão ser bastante afetadas com enchentes. O desmatamento das áreas de mangue , diz ela , só piorou a situação:
Entrevita Andrea Young/arquiteta/ urbanista - pesquisadora do NEPO e responsável pelo relatório:"No caso do Rio tem a elevação do nível do mar associado a intensidade de precipitação. Então,essas áreas de mangue funcionam como áreas intermediárias entre o mar e o continente. O ideal seria preservação dessas áreas.Nas regiões dos morros , também vão ser afetadas pela precipitação intensa uma vez que os morros foram ocupados pelo processo de urbanização e foram desmatados, então toda essa região foi impermeabilizada e onde restam solos expostos estão vulneráveis sujeitos a deslizamentos por causa da retirada da vegetação."São Paulo também está ameaçada pela intensidade e frequência das chuvas.
O motivo, segundo a pesquisadora é o mesmo : ocupação irregular, falta de planejamento.Entrevita Andrea Young/arquiteta/ urbanista - pesquisadora do NEPO e responsável pelo relatório:"Na verdade o que não se sente hoje é um planejamento com enfoque na área ambiental que considere as questões ambientais que estão por trás .É necessário que se encorpore essas questões no planejamento.
"O rio Tietê é apontado no estudo como uma das áreas mais vulneráveis em São Paulo. Entrevita Andrea Young/arquiteta/ urbanista - pesquisadora do NEPO e responsável pelo relatório:"As margens já desapareceram, as várzeas não foram protegidas, então todo o sistema começa a entrar em colapso."As areas de proteção junto as nascentes também estão ameaçadas pela ocupação irregular, afirma Andrea.O estudo que ainda não chegou ao final aponta algumas medidas que precisam ser tomadas.
Entrevita Andrea Young/arquiteta/ urbanista - pesquisadora do NEPO e responsável pelo relatório:"A implantação de parques lineares ,ao longo do rio Tietê, principalmente nas nascentes mantém características do rio, integrando com as áreas de mananciais e mantém o sistema funcionando como o ideal , mais próximo possível do funcionamento original.
Além disso,uma associação com o transporte de massa,público, que facilite o deslocamento da população seria o ideal para não valorizar tanto o automóvel.
A situação tá bem crítica, basta ver as enchentes que estão ocorrendo."

Autor: Editora-Chefe: Vera Diegoli. Reportagem:Márcia Bongiovanni. Pauta:Marici Arruda. Imagens:Adilson de Paula. Produtor: Maurício Lima.
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