sexta-feira, 21 de maio de 2010

Prefeitura de Maceió discute segregação de resíduos com transportadores

18h49, 20 de maio de 2010

Assessoria



A inauguração da Central de Tratamento de Resíduos de Maceió (CTRMA), no último dia 30, teve como principal objetivo deixar para trás o passado de degradação ambiental, econômica e social que sempre envergonhou a sociedade maceioense.


No entanto, a preocupação com a segregação do lixo e sua destinação correta ainda não acabou. Em reunião realizada na quarta-feira (19), representantes das empresas prestadoras de serviço responsáveis pela limpeza urbana de Maceió, técnicos da Secretaria Municipal de Proteção ao Meio Ambiente (Sempma), da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT), da Superintendência de Limpeza Urbana de Maceió (Slum), e da V2 Ambiental debateram os problemas que estão surgindo no novo aterro devido à inadequação ambiental dos geradores de resíduos.


Diferentemente do “Lixão”, os geradores agora são responsáveis pela segregação do lixo, ou seja, os resíduos da construção civil não podem mais ser misturados com os domiciliares, tampouco com os hospitalares, e assim por diante. No entanto, quando isso não acontece, o caminhão com o lixo misturado é “barrado”, e só pode retornar e depositar no aterro quando estiver segregado. “Não podemos abrir mão desse rigor, pois estamos sendo muito cobrados”, explica Irandi Nunes, gerente de Contrato da V2 Ambiental – empresa responsável pelas obras e administração da CRTMA.


Com isso, surge um novo problema: ao serem impedidos no aterro, os caminhões podem estar depositando suas cargas em terrenos baldios criando, assim, pontos de entulhos, como denunciam as empresas de limpeza urbana. “As caçambas estacionárias estão ‘paradas’. Não se sabe o que estão fazendo com os entulhos. O problema é que as construtoras não seguem o Programa de Gerenciamento dos Resíduos da Construção Civil (PGRCC)”, destaca Adailton Pereira, gerente da Alô Entulho.


A principal preocupação dos transportadores é quanto à responsabilização deles sobre os resíduos misturados. Nesse aspecto, os representantes da Sempma asseguraram que, nos próximos dez dias, as prestadoras de serviços não serão notificadas, apenas os geradores. Após esse prazo, ambos serão responsabilizados, isso também para forçar os transportadores a se negar a levar lixo misturado. “A Sempma não quer multar ninguém, quer apenas que as empresas ajam ambientalmente”, ressaltou o coordenador de Licenciamento do órgão, José Ricardo.


O coordenador de Fiscalização da Sempma, Pedro Juarez, afirmou que, na próxima semana, vai disponibilizar um fiscal permanentemente no aterro para autuação imediata. No entanto, os presentes à reunião reconhecem que o maior problema é o pequeno gerador. “Aquele que faz uma reforma em casa e joga o entulho na porta do vizinho ou chama um carroceiro que vai despejá-lo num terreno baldio é muito mais difícil de identificar, somente com flagrante”, salienta Juarez.


Os representantes da SMTT disseram que os agentes serão orientados a apreender os veículos que forem flagrados jogando os entulhos ou lixo na rua, segundo a legislação de trânsito. A construção de uma cidade ambientalmente saudável requer um trabalho conjunto, onde todos os atores (governos, empresas e sociedade) atuem com responsabilidade no tratamento do lixo. Essa é uma das principais preocupações da Prefeitura de Maceió e da V2 Ambiental. O rigor na segregação do lixo vai garantir ao aterro maior vida útil e melhor qualidade ambiental à cidade.


Fonte: SECOM
http://www.alagoasemdia.com.br/conteudo/Index.asp?secao=&vEditoria=Meio%20Ambiente&vCod=6892

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